Na Garagem: Senna bate Prost em San Marino e vence primeira pela McLaren

Neste mesmo dia, há exatos 30 anos, Ayrton Senna escrevia o primeiro capítulo vitorioso dele guiando o bólido alvirrubro da McLaren. A vitória se deu com velocidade para abrir quando Alain Prost teve problemas e depois com controle para não ficar sem combustível. Foi o primeiro de sete triunfos de Senna em 1988

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Depois de um ano de 1984 em que mostrou ser talentoso pela pequena Toleman, Ayrton Senna recebeu a chance de guiar na Lotus. Sem o brilho de outros tempos, a equipe inglesa dava a oportunidade de vitórias, mas não de títulos. Senna, claramente um dos maiores astros de seu tempo, ainda precisava de um carro vencedor: e ele veio na temporada 1988. A McLaren, de Alain Prost e que ainda procurava um substituto para Niki Lauda, chamou. A hora do próximo passo havia chegado para o brasileiro.

 
O ano de 1988 começou no finado autódromo do Rio de Janeiro. Senna marcou a pole, mas teve problemas antes da largada e acabou desclassificado durante a corrida. Prost venceu e saiu na frente, confirmando a alcunha de favorito.
 
A próxima parada era Ímola e o GP de San Marino, abrindo a temporada europeia. No sábado de classificação, domínio total e irrestrito da McLaren. Senna foi mais rápido que Prost no Q1 e no Q2 e conseguiu mais uma pole.
Com o domínio completo da McLaren, Senna tinha apenas Prost como desafio em condições normais. Antes mesmo da largada, a prova começou a ser ganha: o motor Honda de Prost travou na formação do grid e depois novamente na largada, quando o francês quase nem partiu. Só conseguiu continuar a volta de abertura na sétima colocação, atrás da Arrows de Eddie Cheever, enquanto Senna largou como no manual. 
Momentos antes da largada do GP de San Marino de 1988 (Foto: Reprodução/Twitter)

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O desafiante interno da McLaren passou a abrir imediatamente para a Lotus de Nelson Piquet, que tentava o máximo para não deixar a diferença ficar tão grande e começava a perder muito combustível. Senna abria 1s por volta, enquanto Prost ainda se via no meio da confusão tentando limpar caminho.

 
Após oito voltas, Prost já havia feito o dever de casa: ultrapassou Cheever, Ivan Capelli, Gerhard Berger, Alessandro Nannini, Riccardo Patrese e Piquet e era o segundo colocado. A diferença para Senna, porém, era de quase 9s. Os dois passaram a trocar pontos: Prost tirou dois 2s e Senna recuperou os 2s nas dez voltas seguintes. 
 
A única briga que de fato esquentava a corrida era a de Patrese e Nannini pelo quarto posto. Como a dupla italiana trocava golpes e não se larga, logo recebe a companhia de Thierry Boutsen e Nigel Mansell. Quando Nannini enfim passou Patrese, chegou rapidamente a Piquet. Por mais rápidos que andassem, no entanto, os dois viam a diferença aumentar para as imbatíveis McLaren.
Ayrton Senna no GP de San Marino de 1988 (Foto: Reprodução/Twitter)

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Senna chegava à 30º volta com 1s de vantagem. Ele e Prost trocavam melhores voltas da corrida a cada passada e, assim, basicamente mantinham a mesma diferença entre si. Nas dez voltas seguintes, quem tirava 2s era Prost, mas a distância ficava sempre em torno de 10s.

 
O tempo passava com nenhum tipo de possibilidade de haver aproximação de Prost para cima de Senna, afinal os dois voavam na pista e a vantagem construída nas primeiras voltas se mostrava barreira intransponível para o francês.
 
A partir da 48ª de 60 voltas, Senna começou a tirar o pé do acelerador para não ter problemas com combustível no fim da corrida. Com os primeiros colocados em fila e retardatários para Senna passar, Prost, ainda apostando na pressão no turbo, se colocava de vez como o mais rápido da pista. Prost diminuiu a desvantagem para 6s, mas depois foi ele quem teve de lidar com os retardatários. Na 56ª oportunidade, enfim, apenas os dois estavam na mesma volta.
Ayrton Senna (Foto: Reprodução/Twitter)
Senna tocou o carro em meio ao tráfego até a última volta, quando diminuiu a velocidade drasticamente. Quase 7s nas últimas três voltas foi o que Prost conseguiu tirar, mas sem ameaçar.
Pouco mais de 2s à frente, Senna cruzou a linha de chegada e parou um pouco depois, sem combustível. Mesmo no limite, conseguiu completar o objetivo: a primeira vitória com as cores da McLaren. Prost foi segundo, com Piquet no pódio e o trio Boutsen, Berger e Nannini nos pontos. 
 
"Pela primeira vez na minha carreira, tenho material que me permite vencer sem preocupação", disse após a corrida. 
O pódio com Senna, Prost e Piquet (Foto: Reprodução/Twitter)
Depois de San Marino, Senna venceria mais sete etapas do ano: Canadá, Detroit, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Bélgica e Japão. No fim do ano, embora Prost tenha marcado mais pontos no total, Senna ficou com o título mundial porque venceu mais vezes. Segundo o regulamento, apenas as 11 maiores pontuações contavam para o resultado final.
 
Era apenas o começo de uma das mais marcantes rivalidades de todos os tempos no esporte. E, embora a ligação entre Senna e Ímola seja eternamente assombrada pelo acidente fatal do tricampeão, exatos seis anos mais tarde, também foi lá que teve início a incrível caminhada que transformaria Ayrton de piloto promissor em lenda.

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