Na Garagem: Única mulher a pontuar, Lella Lombardi morre após luta contra câncer

Lella Lombardi foi uma destruidora de paradigmas. Quem dizia que uma mulher não podia guiar ao lado dos homens precisou se calar nas décadas de 1960 e 1970 ao ver aquela italiana, filha de um açougueiro e uma dona de casa, fazer história. Primeira mulher a pontuar na F1, primeira mulher a vencer corridas do Mundial de Endurance. Uma lenda no esporte a motor, Lella morreu há exatos 25 anos, em 3 de março de 1992, vítima de um câncer

 

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Lella Lombardi não foi mais uma pilota, mais um nome na árvore monumental de alcunhas que permeiam a história do automobilismo internacional. Lella Lombardi foi a pilota, foi o marco. E entrou para a história como a primeira e até hoje a única mulher a marcar pontos no Campeonato Mundial de F1. Lella morreu há exatos 25 anos, vítima de um câncer. Mas sua história é, sem hipérbole desnecessária, lendária. 

 

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Diferente de outros tantos pilotos do automobilismo pelo mundo, Lella não era filha de pais ricos ou com conhecimento no mundo do esporte a motor. Nascida na cidade italiana de Frugarolo, no Piemonte, Lella – nascida Maria Grazia – era filha de um açougueiro e uma dona de casa. Reza uma lenda antiga, mas não confirmada, que Lella se interessou pelos carros ao ser levada ao hospital certa vez quando criança, após se machucar durante um jogo de handebol, por uma ambulância em alta velocidade.

 
Numa entrevista dada nos anos 1970 para a revista 'People', Lella deixou claro que era uma fissurada por carros de corrida. Disse que suas primeiras memórias de fazer carros era com coisas que tirava da máquina de costura da mãe, depois empurrando aquilo pela cozinha de casa. Isso aos quatro anos de idade. Aos oito, então decidiu o que queria da vida: guiar carros. Ainda menina, ouviu de um padre local que ela tinha que passar para passatempos femininos. Concordou, mas ignorou solenemente. 
 
Perguntada nessa entrevista da 'People' o que fazia arriscando a vida em latas de metal voadoras e pouco seguras, respondeu ao melhor estilo Lella Lombardi. "É a mesma coisa que minha mãe pergunta toda hora. Creio que ela pensa que eu deveria estar em casa com um bom marido e uma casa cheia de crianças."

Antes de estourar, foi trabalhar como mensageira de um piloto de rali. Conseguiu se tornar copilota em rali e fez força para convencê-lo a guiar o carro numa oportunidade. Até que conseguiu – e venceu a prova. Aí a carreira de pilota enfim andou. Conseguiu comprar um Monza de segunda mão para correr a F-Monza. Ainda no final dos anos 1960, guiou na categoria, depois F3 Italiana, ganhou a F850 e a F-Ford Mexico antes de, já com o patrocínio da Shell, ingressar na F5.000 em 1974. Na categoria, que era o grande chamariz para a F1 na época, dividiu o espaço com Mario Andretti, James Hunt, Al Unser e Johnny Rutherford.

Lella Lombardi em Montjuic (Foto: Divulgação)
Já naquele ano recebeu uma chance de guiar um F1, um Brabham, mas não se classificou para o GP da Inglaterra. No ano seguinte, porém, foi convidada para testar para a March. "Por que não?", respondeu. Assinou como pilota titular da equipe após duas corridas naquele ano. Um dos fundadores da March, o depois presidente da FIA Max Mosley falou sobre como foi contratar Lombardi. "Colocar uma mulher num cockpit da F1 significava quebrar várias tradições. Claro, minha esposa falava que a única razão pela qual eu estava hesitando era o sexo de Lella, não dúvidas quanto a habilidade. No final das contas, acho que minha esposa estava certa."
 
Logo na segunda prova, a primeira da temporada europeia, pontuou. Fez mais um top-10 naquele ano, na Alemanha, algo que no sistema de pontuação atual da F1 garantiria mais tentos. Para encerrar o ano, fechou com a Williams para o GP dos Estados Unidos. Classificou, mas não largou. Culpa de um problema no sistema de partida do carro.
 
Voltou à March no ano seguinte, mas foi sacada após apenas uma corrida – o GP do Brasil. Substituída por Ronnie Peterson, ainda encontrou uma solução aquele ano com a RAM. Fez três corridas, mas a equipe encerrou suas atividades antes do final da jornada. Embora tenha regressado ao grid no ano seguinte, o fechamento da RAM em 1976 significou o final da carreira de Lella na F1.
Lella Lombardi no GP da Espanha de 1975 em Montjuic (Foto: Divukgação)

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A carreira de Lella estava longe de acabar. Foi correr as 400 Milhas de Daytona na Nascar, ao lado de Janet Guthrie e Christine Beckers, em 1977. Se tornou depois a primeira mulher a ganhar corrida no Campeonato Mundial de Endurance, ao faturar as 6 Horas de Pergusa em 1979. E emendou outra vitória, nas 6 Horas de Vallelunga, ainda no mesmo ano. Disputou as 24 Horas de Le Mans mais de uma vez e seguiu a carreira de pilota até a segunda metade dos anos 1980.

 
A data da sua morte, 3 de março de 1992 – exatos 25 anos atrás – em Milão é definitiva, mas sabe-se tão pouco sobre Lella Lombardi que a data de seu nascimento é dúvida. Há quem diga que nasceu em 1941, há quem defenda que nasceu em 1943. Morreu aos 48 ou 50 anos de idade. Para o que construiu no esporte, no final das contas, pouco importa. Seu legado é indiscutível.
 
O momento para a história
 
O maior momento da carreira da italiana chegou em 27 de abril de 1975 no antigo Circuito de Montijuïc, antiga casa catalã do GP da Espanha. Lella largou na 24ª colocação, mas, a bordo da March impulsionada por motor Ford, foi segurando o bólido e fazendo uma corrida correta num dia insano. 
 
Logo na largada, os dois primeiros colocados, Niki Lauda e Clay Regazzoni, saíram da briga em uma batida causada pelo companheiro de Lella na March, Vittorio Brambilla, e Mario Andretti. Os primeiros colocados foram sumindo da briga: James Hunt escorregou numa mancha de óleo deixada pelo motor explodido de Jody Sheckter, assim como Alan Jones e Mark Donohue – os quatro abandonaram. Andretti, Patrick Depailler e Ronnie Peterson abandonaram com quebras no carro.
Apenas cinco mulheres conseguiram disputar GPs na F1, a italiana Lella Lombardi foi um dos destaques. Ela correu em 12 provas, sendo a melhor classificação um sexto posto (Foto: Forix)
E os abandonos mais dramáticos foram os de Rolf Stommelen e Carlos Pace. A asa traseira da Hill de Stommelen quebrou e o mandou para o muro de forma assustadora. O carro ainda voltou para a pista para ser acertado por Pace. O piloto alemão quebrou a perna, a mão e costelas. Mas a tragédia foi na arquibancada, onde a asa acertou e matou cinco espectadores. 
 
As preocupações de segurança não eram poucas. Aquele dia, os pilotos temeram ao encontrarem barreiras temporárias improvisadas amarradas por fios em vez de presas. As equipes tentaram improvisar, mandaram mecânicos, mas não conseguiram assegurar tudo. Tanto que Emerson Fittipaldi, então campeão mundial, decidiu não largar.
 
Era a 25ª volta, mas a corrida ainda seguiu por mais quatro. Lombardi, passando por entre todos os problemas na pista, se colocou em sexto, à frente de gente como John Watson. Num clima pesado, a vitória de Jochen Mass foi um detalhe. Mas o sexto posto – última colocação que rendia pontos à época – foi o que ficou para a história da parte esportiva daquele dia. 
 
Lella ainda bateu na trave mais uma vez naquela temporada, terminando na sétima colocação no GP da Alemanha. Mas a história estava feita.

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