Não há bolão para mim no Brasil: Uma história de como acabou a competitividade
Pedro Henrique Marum traz uma explicação autoindulgente e sem qualquer objetividade sobre a vitória na etapa do Bolão GP 2021
Era uma vez um bolão…
Quando o sol nasce no terceiro mês,
javali e leopardo se defrontam no campo de batalha.
Os homens abandonam o leopardo e olham para o céu:
veem uma águia adejar do Sol
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O primeiro, dizem, foi direcionado para a Batalha de Waterloo; o segundo, quem sabe o que dirão os especialistas nas centúrias. Mas a grande verdade é que duas das mais famosas quadras de Nostradamus se aplicam perfeitamente a apoteótica vitória da sexta rodada do Bolão GP 2021.
Não teve para ninguém. O vencedor da semana aproveitou a alcunha ‘Cidade dos Ventos’ de Baku para agir como um tufão para cima dos adversários. E também na categoria de um camisa #10 de terno, um Tufão, aniquilou a concorrência na estrada de mão única a caminho do espetáculo.
O vencedor foi Pedro Henrique Marum. Eu.
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Uma vitória que muda o curso da história, tal qual o baile de Netherfield alterou para sempre os rumos das vidas de Elizabeth e Jane Bennet, Fitzwilliam Darcy e Charles Bingley e ajudou a transformar Jane Austen em figura perpétua na literatura e na cultura popular.
A exaltação retratada neste texto tem expliação razoável e peço que o leitor não me censure: estamos em tempos de contar pequenas vitórias. Mas na verdade eu gostaria apenas de deixar registrado que venci algumas dezenas de pobres infelizes presentes nesta competição.
Marquei 110 pontos numa semana de caos. Sim, leitor, e vamos deixar muito claro: fiz a dobradinha pole e vitória mais impossível da temporada. Minhas apostas contabilizavam, no sábado pela manhã, que Charles Leclerc levaria a Ferrari à segunda pole em duas corridas e que Sergio Pérez, de zero pódio com a Red Bull, superaria Max Verstappen e Lewis Hamilton de alguma forma para vencer a corrida.
A vitória de Pérez viria sem flagrantes golpes de sorte do mexicano – e deste que vos escreve? Não. Mas isso pouco importa. Se há por aí colunista de grande jornal constrangendo portadores de comorbidades que contam, por lei, com direito a se vacinar, gente que mostra pela enésima vez sua absoluta ignorância com relação a vida real, por que é, leitor, pergunto eu, que não posso aqui fazer a vez de um tremendo ególatra que está com traseira de pavão aberta por um acerto improvável baseado somente na sorte? Ninguém manda nessa raba, ou nesse texto, e eu vou fazer exatamente o que eu quiser. Nostradamus cantou a pedra.
Aliás, diga-se, além dos improváveis acertos também emplaquei a melhor volta de Verstappen e o nono lugar de Daniel Ricciardo.
O segundo colocado, pasme você, foi o palpiteiro deficitário Lucas Couto, que conseguiu marcar uma centena de tentos. Veja, acertou vencedor, quarto, sétimo colocados e a volta mais rápida.
E foi uma semana em que os humilhados representantes da holding GRANDE PRÊMIO conseguiram acertar as contas não com o destino ou mesmo com o conhecimento, mas com algum fardo de dignidade que restou: Pedro Luís Cuenca, líder por tanto tempo quanto o ramonizado Vasco da Gama no Brasileiro de 2020, e Rodrigo Berton, que acaba de atualizar seu currículo na Catho Online, estiveram nas posições quatro e cinco da semana.
Denison Pereira fez 95 pontos e foi o melhor assinante da semana – e terceiro melhor no geral. Além dele, André Nascimento foi quinto colocado empatado a Berton, com os mesmos 70 pontos. Parabéns aos amigos que brilharam e salvaram a alma dos assinantes nesta empreitada azeri.
Mas feitos quase tão especiais quanto os meus – na verdade não estão nem sequer perto, mas escrevi para ser simpático – foram aqueles dos amigos Gabriel Curty, o Trem-Bala do GP, o cadeirudo Guilherme Bloisi e de Victor Martins, que entrou numa areia movediça de palpites e já se encontra a quatro metros de profundida, envolto em quilos de lama, chão irregular e cascalho. Conseguiram marcar zero ponto. ZERO PONTO.
Renato Luz teve semana opaca, mas segue o líder geral com 685 pontos contra 590 sempre vice-líder – mais uma semana com o cartola do bolão com sua cativa participação no top-2 – Renato Ribeiro. Felipe Queiroz de Paula (535), Clébio Junior (505), José Libório (495), Rodrigo Berton (475), Pedro Luís Cuenca (470), Daniel Dalence (470), Hugo Fonseca (460) e Silvestr Cirilo (450) formam o top-10.
Além de Renato, Berton e Cuenca, o restante dos grandeprêmios na disputa está assim: Gabriel Curty (12º colocado, 440 pontos), Gabriel Carvalho (16º, 420), Pedro Henrique Marum (20º, 385), Vitor Fazio (23º, 370), Victor Martins (30º, 335), Fernando Silva, (34º, 315), Guilherme Bloisi (35º, 295), Lucas Couto (37º, 285), Pedro Prado (51º, 180).
Aos que vem acompanhando ao HQ ‘Jornada do Herói, com Fernando Silva’, informamos que ele estará de volta assim que julgarmos necessário. O homem segue em recuperação franca. Enquanto isso, eu sairei por aí, singrando os sete mares em busca de um rival à altura. A competitividade por aqui acabou.
A próxima etapa da Fórmula 1 – e, mais importante, do Bolão – está marcada para o GP da França, em Paul Ricard, no fim de semana dos dias 18-20 de junho. Você pode apostar, como sempre, até o começo do treino de classificação. Para participar do Bolão GP 2021, basta se tornar um assinante da GPTV, o nosso canal do YouTube. Faça isso aqui.
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