Nasr lamenta problemas da manhã, mas avalia Sauber "certamente melhor que em Jerez"

Felipe Nasr está bem satisfeito com os testes de Barcelona. Mesmo com problemas que o impediram de andar pela manhã deste domingo (22), o novato analisou a equipe suíça como tendo evoluído nas long-runs em relação a Jerez, mas destacou que "ainda estão bem longe de serem competitivos"

Quarto mais rápido na classificação deste domingo (22), último dia de testes de pré-temporada na primeira bateria de sessões em Barcelona, Felipe Nasr girou 72 vezes, mais ou menos a metade do que gostaria. Mas voltou a mostrar que a Sauber pode ser rápida.
 
Se a Sauber queria ter mais um dia cheio para encerrar a primeira bateria em Barcelona, acabou tendo uma decepção pela manhã, quando Nasr deu apenas três voltas e teve de parar por problemas. Mesmo assim, Nasr preferiu olhar do lado positivo: melhor nos testes que num fim de semana para valer. E ainda celebrou ter conseguido rodar bastante à tarde.
 
"Nunca é ideal ter o carro parado na garagem, especialmente num último dia de treino. Mas é melhor resolver esses problemas agora que num final de semana de corrida. Então preferimos aproveitar a parte da manhã com o carro parado para fazer uma revisão geral em tudo, e com isso tivemos uma tarde bem mais produtiva", disse.
 
"Me deixou bem ocupado, num bom sentido, já que eu pude andar desde o começo até o final da tarde com diferentes programas, pneus e também fazer long-runs para ter a sensação do carro enquanto o pneu vai desgastando", seguiu. 
 
Sobre o problema que teve, disse apenas ter sido mecânico e de várias partes do carro, que precisou ser desmontado. E a parada na pista ao fim da sessão vespertina nada mais foi que o resultado de uma checagem de gasolina.
 
"Foi um problema mecânico, um pouco de tudo em geral. Parte do chassi, motor, uma combinação de tudo. Tiveram que desmontar o carro todo e fazer uma revisão geral para ter certeza que não ia dar problema", falou.
Felipe Nasr (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
"À tarde a gente estava checando o sistema de gasolina, então tem que ir até ela acabar. Hoje eu estava planejado para fazer 140 voltas", contou.
 
O piloto disse que não melhorou mais o tempo quando colocou os compostos supermacios por conta de um erro dele mesmo, mas que vinha pelo menos 0s4 abaixo do que já anotara. E vê espaço para melhorar ainda mais em desempenho. E avaliou o quanto pode aproveitar em meio às dificuldades.
 
"Eu ia ganhar mais tempo. Se prestar atenção no meu segundo pneu, eu vinha 0s4 mais rápido no segundo setor e abortei a volta. Foi a primeira vez que usei pneu supermacio num F1. Deu para ver que tem mais performance. Eu diria que uns 0s6, 0s7", analisou.
 
"Deu para parar, fazer um pit-stop de verdade, sair com tanque cheio, o carro tem toda uma reação diferente com compostos de pneus diferentes. Isso foi importante, eu experimentar, porque na corrida é assim que funciona", falou.
 
Nasr ainda garantiu que a Sauber avançou, mas sem dizer onde acredita que a equipe se encontra em relação às adversárias, até porque é difícil saber em que ponto elas estão.
 
"O passo à frente nós demos, mas é difícil julgar o quanto os outros deram. Mas é um carro mais consistente, mais previsível e certamente melhor que em Jerez. Lá o desempenho nesses long-runs não foi tão bom quanto aqui.
 
"A Toro Rosso bateu logo à tarde, acho que iam começar uma série de long-runs, não deu para comparar. A Lotus parece que está competitiva. Acho que no pneu macio e no supermacio eles tiveram um desempenho decente. Agora é analisar esses últimos dias, ver o que precisa melhorar, mas eu ainda acho que esses long-runs estão bem longe de serem bem competitivos", ponderou.
 
E ainda se mostrou cada vez mais confortável.
 
"Eu me sinto mais em casa, mais à vontade, conhecendo melhor o carro, sabendo o que precisamos melhorar. Então, sim, me sinto melhor aqui que em Jerez", concluiu. 
 
Os testes continuam no próximo dia 26, mais uma vez em Barcelona, e o GRANDE PRÊMIO acompanha com o repórter Renan do Couto e o fotógrafo Xavi Bonilla.
 
PINTURA POR CARIDADE

A nova regra da FIA a respeito das trocas de capacetes ao longo do ano não intimida Sebastian Vettel.Piloto que ‘lançou a moda’ ao trocar frequentemente de capacete ao longo da carreira, Vettel vem usando um casco branco com a bandeira da Alemanha em destaque na pré-temporada com a Ferrari.

Mas dependendo de qual for a punição a ser paga pelo desrespeito a regra, o tetracampeão não deve abandonar definitivamente o hábito.

É VOCÊ, KIMI?

Kimi Räikkönen está sorridente e falante em 2015. É o que diz Maurizio Arrivabene, novo chefe da Ferrari, a respeito da postura do finlandês nos bastidores da equipe durante a pré-temporada. Mas o italiano aponta mais motivos para relatar porque tem certeza que verá o campeão de 2007 provando seu valor no campeonato deste ano. De acordo com Arrivabene, que fez sua primeira aparição como chefe da Ferrari em um circuito nesta semana em Barcelona, o principal fator é o carro. Kimi está bem mais confortável.

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