Newey diz que recusou três vezes oferta da Ferrari e revela motivos: família e noites sem dormir
Adrian Newey sempre foi desejado no paddock da F1 por ser um dos melhores projetistas da história da categoria. Ele nunca trabalhou para a Ferrari, mas já esteve próximo. Acabou recusando, e por motivos diversos
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Em entrevista ao canal inglês Sky Sports, Newey comentou sobre as três vezes que a Ferrari o abordou com propostas oficiais para que se juntasse ao lado vermelho. E não só na F1.
A primeira, por exemplo, foi ainda na Indy. "No começo de minha carreira, a Ferrari queria construir um carro lá e me ofereceu o cargo de projetista-chefe, mas não achei boa ideia e recusei", contou.
A segunda vez ocorreu há 22 anos. E foi recusada por motivos familiares. "Essa foi muito mais séria. Jean Todt me ofereceu o cargo de diretor-técnico em 1996. Eu tinha ofertas para permanecer na Williams, ir para a McLaren ou para a Ferrari. Pensei por muito tempo, mas tinha uma família formada há pouco tempo, então decidi permanecer no Reino Unido."
Já a terceira chance que teve de mudar de ares foi bem mais recente. No final de 2014, ele ficou muito perto de acertar o acordo com a Ferrari. Logo após o tetracampeonato conquistado com a Red Bull, ele achou que era a hora de buscar uma mudança. E ganharia o dobro do que recebia então – conforme revelou em sua autobiografia, 'How to Build a Car'.
Chateado com a distância dos motores Renault para os da Mercedes e, em menor escala, para os da Ferrari, ele considerou a troca. "Fiquei em uma posição difícil. Me sentia em casa na Red Bull e não queria abandoná-los. Mas eu também não queria operar com um carro que havia ficado para trás, com o departamento de engenharia sem ter o que fazer para consertar isso", afirmou.
"A Ferrari veio com essa oferta incrível, muito atrativa, e me deixou várias noites sem dormir decidindo o que faria, para onde iria. No fim, pareceu errado deixar a Red Bull", finalizou.