Mazepin rejeita fala de Hamilton, mas ameniza polêmicas e diz ter “boas relações” na F1

É verdade que Nikita Mazepin, depois de terminar o campeonato da Fórmula 2 na quinta posição ao marcar 164 pontos em 2020, chegou à Fórmula 1 com o impulso financeiro crucial de seu pai, Dmitry Mazepin, bilionário russo do ramo da indústria química. Recentemente, Lewis Hamilton definiu o atual grid da categoria como o “clube de meninos bilionários” e disse que, nos dias atuais, não chegaria à F1. Porém, o piloto estreante da Haas fez questão de ir na contramão da declaração de Hamilton.

“Todos os recém-chegados à F1 receberam o apoio de vários patrocinadores. Alguns, de marcas de bebidas energéticas, outros com a ajuda do homem mais rico do México. São pessoas que agora estão presentes no grid, mas eu poderia citar muitos mais”, defendeu-se Mazepin, quando questionado se sua chegada à F1 tinha sido às custas de seu pai.

Ao falar sobre o heptacampeão, o dono do carro #9 deixou claro que não tem muito contato, mas nutre uma relação amistosa com Lewis. “Hamilton e eu sempre tivemos uma relação muito correta. Não nos falamos muito, mas no paddock todos são muito educados, então não sinto nada de negativo vindo dele mesmo”, disse, garantindo ter um bom trânsito no paddock, principalmente com os mais veteranos.

“Mas tenho ótimas relações com todos com quem tive contato. Destaco especialmente aqueles que estão aqui há mais tempo, como Fernando Alonso e Sebastian Vettel. Pessoas muito boas. Eu me lembro de vê-los correndo quando eu era criança, eram como super-heróis e agora vejo que são muito abertos e com os pés no chão”, destacou o piloto de 22 anos.

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Com apenas seis corridas disputadas, Mazepin já coleciona polêmicas nas pistas da Fórmula 1. Além das batidas como nos GPs do Bahrein e no fim de semana do GP da Emília-Romanha, o russo foi fechou Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, na classificação em Ímola. Também naquele fim de semana, foi grosseiro com a jornalista brasileira Mariana Becker. Repetiu a infração no Q1 da classificação do GP da Espanha ao bloquear Lando Norris, enquanto Esteban Ocon disse que tem medo de encontrar o novato pela frente na pista: “Fico 200% mais atento”.

A última grande polêmica foi na linha de chegada do GP do Azerbaijão, quando fechou o companheiro de equipe, Mick Schumacher, e por muito pouco não provocou um grave acidente. No entanto, Mazepin declarou que está tudo bem com o filho do heptacampeão.

“Está tudo bem e espero que continue assim. Mick e eu já nos conhecemos há muito tempo. Estamos em uma situação difícil porque as únicas pessoas que podemos ultrapassar durante todo o fim de semana são ele para mim, ou eu para ele. Em Baku, houve um mal-entendido porque confiei na minha experiência sobre o que ele iria fazer”, explicou.

A Fórmula 1 volta a acelerar no próximo fim de semana, entre 18 e 20 de junho, com o GP da França, no circuito de Paul Ricard.

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