Novo chefe da Ferrari revela envolvimento da empresária de Schumacher na contratação de Vettel

O novo chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene, afirmou que antes mesmo de assumir a função acabou se envolvendo na contratação de Sebastian Vettel para o lugar de Fernando Alonso. Empresária de Michael Schumacher também foi acionada, mas, segundo Maurizio, telefonema crucial partiu de Sergio Marchionne

Maurizio. É assim que quer ser chamado o novo chefe da Ferrari, de sobrenome Arrivabene. Ele tem medo que o 'chega bem' que dê azar.
 
“Talvez no futuro”, brincou o italiano no início de sua primeira entrevista coletiva na função em um circuito de F1.
 
Acompanhando a pré-temporada da categoria em Barcelona, Arrivabene falou nesta sexta-feira (20) a respeito de uma série de assuntos. Dentre eles, quanto de influência exerceu para transformar a Ferrari de 2014 na de hoje, em meio à série de mudanças que aconteceram nos últimos meses. Em uma delas, envolveu-se ainda antes de assumir a chefia da escuderia de Maranello: a contratação do tetracampeão Sebastian Vettel.
Novo chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene falou com a imprensa nesta sexta (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Ex-funcionário da Philip Morris, parceira de longa data da Ferrari, Arrivabene disse que neste caso em específico foi consultado — e que trabalhou para ligar os pontos e viabilizar a contratação do alemão. Empresária de Michael Schumacher, Sabine Kehm foi uma aliada.
 
“Normalmente a Philip Morris nunca se envolvia com a escolha dos pilotos. No caso do Vettel, nós nos envolvemos. Quando fui informado que Alonso sairia da equipe, mais ou menos depois de Sochi, a situação sobre Vettel não estava clara. Ele tinha dúvidas”, Maurizio começou a contar. A essa altura, já havia sido anunciado que o piloto deixaria a Red Bull.
 
“Eu sei que Sabine, a empresária do Michael, conhece ele muito bem. E pedi para Sabine ligar para Sebastian. Ele tinha algumas dúvidas, estava perguntando sobre a Ferrari, ‘não conheço a equipe’, ‘não conheço as coisas’, e ela então descreveu para ele a atmosfera que havia no tempo do Michael. ‘É uma grande equipe, é como uma família’, e Seb estava escutando”, relatou.
 
Após isso, sempre de acordo com Arrivabene, veio o telefonema que foi crucial: o do presidente Sergio Marchionne.
 
“A ligação que fez a diferença foi do Sergio Marchionne. Sem essa ligação, Seb não viria”, acrescentou.
 
O italiano contou toda essa história também para argumentar a respeito do motivo pelo qual não acredita que o carro que está na pista em 2015 pode ser chamado de ‘carro do Mattiacci’ ou de ‘carro do Arrivabene e do Marchionne’.
 
“O carro é da Ferrari. Das pessoas que trabalharam muito duro na Ferrari. James Allison, Simone Resta, que começou a trabalhar como um cachorro no dia seguinte à minha nomeação, e o mesmo para os caras dos motores. Em vez de escutar 'Jingle Bells' no Natal, estavam ouvindo o som do motor. Essa é a verdade: a verdadeira história do carro e a verdadeira história do Seb”, completou.
O ÚLTIMO RESPIRO

A derrota para Lewis Hamilton no campeonato de 2014 fez Nico Rosberg se mexer para encontrar formas de voltar mais forte em 2015 para conquistar o tão sonhado título da F1. E a preparação vai além de aspectos técnicos da pilotagem e dos carros: até a respiração foi alvo de treinamento por parte do alemão durante o inverno europeu. “Eu tentei melhorar já ao final do GP de Abu Dhabi, que foi porque eu realmente quis participar dos testes depois daquela corrida”, diz Nico ao ser perguntado pelo GRANDE PRÊMIO.

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