Novo chefe da Sauber, Vasseur põe ‘assunto Honda’ como prioridade e avisa: “Tenho a última palavra sobre os pilotos”

Frédéric Vasseur não confirmou e tampouco negou a informação ventilada pela imprensa europeia, que sugere a ruptura do acordo da Honda com a Sauber antes mesmo do seu início, marcado para 2018. O francês trabalha para tentar uma solução ao mesmo tempo em que mandou um recado aos seus pilotos, deixando claro que não vai haver tratamento diferenciado a ninguém

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A Sauber confirmou a chegada de Frédéric Vasseur como novo chefe de equipe, em substituição a Monisha Kaltenborn, na última quarta-feira (12). A primeira grande missão do engenheiro francês à frente do time de Hinwil é resolver de vez o imbróglio com a Honda. A montadora de Sakura, que na gestão de Monisha assinou um contrato de longa duração para fornecer motores à Sauber a partir de 2018, vai romper o acordo, segundo informa a imprensa europeia. Vasseur também garantiu que Pascal Wehrlein e Marcus Ericsson vão ter o mesmo tratamento.

 
Em entrevista ao diário francês ‘L’Équipe’, Vasseur não confirmou e tampouco negou o fim do acordo com a Honda. Mas se mostrou preocupado e deixou claro que quer resolver a questão o quanto antes, uma vez que é preciso garantir com boa antecedência uma fornecedora de motor para a Sauber.
 
“O assunto Honda está na mesa e vai ser a minha prioridade. É preciso tratar disso rápido, e pelo que tenho ouvido da McLaren, é um pouco assustador”, comentou o francês ao citar a parceira da Honda. A fábrica japonesa enfrenta sérios problemas para desenvolver seu motor, enquanto a McLaren, segundo rumores do paddock, busca uma nova fornecedora e tem seu nome ligado até mesmo à antiga rival, a Ferrari, como futura parceira em caso de ruptura com a Honda.
Frédéric Vasseur garantiu prioridade para resolver a questão da Honda na Sauber (Foto: Getty Images)
Segundo informações do site ‘F1i.com’, a Sauber pode firmar um novo acordo com a Ferrari, que é a atual fornecedora de motores, entregando a versão de 2016 da sua unidade motriz à equipe helvética. Caso uma nova parceria floresça, a publicação indica a possibilidade do jovem monegasco Charles Leclerc, grande sensação da F2 em 2017, ser promovido a titular da equipe na próxima temporada.
 
A respeito dos pilotos em si, Vasseur, conhecido pelo trato com jovens talentos nas categorias de base, tanto na equipe ASM — que revelou nomes como Lewis Hamilton e Romain Grosjean — ou mesmo na ART Grand Prix, garantiu que não vai haver diferença de tratamento entre Pascal Wehrlein e Marcus Ericsson, seguindo o discurso proferido pela Longbow Finance, dona da Sauber, rejeitando os rumores de preferência ao piloto sueco.
 
“Você não pode focar o futuro da equipe em um piloto, não é saudável”, afirmou o francês, que tratou de mandar seu recado. “Se Ericsson quer ter uma carreira profissional, e tenho certeza que ele quer ter e quer vencer, provavelmente vai ter outras ambições além da Sauber. A equipe pode querer ter outros pilotos”, comentou.
 

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“Tenho a última palavra sobre os pilotos, e esse é o objetivo da Sauber, apostar no futuro trabalhando com jovens talentos”, concluiu.

 
Wehrlein é responsável por todos os cinco pontos somados pela Sauber na temporada, enquanto Ericsson ainda não saiu do zero. O sueco, aliás, pontuou pela última vez na F1 há quase dois anos, quando terminou em nono lugar no GP da Itália de 2015.
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