Ocon ganha vaga mais cobiçada de 2017, deixa Manor e ocupa lugar de Hülkenberg na Force India

O maior mistério do grid da F1 em 2017 está encerrado. Nesta quinta-feira (10), a Force India confirmou que o jovem Esteban Ocon vai ser o parceiro de Sergio Pérez, ocupando a vaga deixada por Nico Hülkenberg, que foi tentar a sorte na Renault.

O anúncio deixa claro que a equipe indiana realmente priorizou a parceria e o débito com a Mercedes frente aos patrocinadores que arremessaram dinheiro em troca de um lugar para seus pilotos.

“Estou muito animado por fazer parte da Force India. Já conheço bem a equipe, fui piloto de testes ano passado e quero voltar a trabalhar como eles", disse Ocon. "Ainda sou relativamente novo na F1, mas passar meio ano na Manor foi uma experiência valiosa. Agora já me sinto pronto para essa chance na Force India”, seguiu.

Piloto de apenas 20 anos, Ocon é um dos nomes mais promissores do automobilismo mundial. E sua fama não vem de graça, já que, desde 2014, o que o francês mais faz é vencer. Naquele ano, quando apareceu de vez, venceu a temporada mais forte da F3 Europeia dos últimos tempos, batendo nada menos que Max Verstappen, hoje na Red Bull, Felix Rosenqvist, da F-E, além de Tom Blomqvist e Lucas Auer, do DTM.

Esteban Ocon: da F3 para a GP3, da GP3 para o DTM, do DTM para a Manor e da Manor para a Force India (Foto: Getty Images)

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Em 2015, chegou com tudo na GP3 e seguiu mostrando uma regularidade absurda nos resultados, sagrando-se campeão e imediatamente se transformando em uma real ameaça aos pilotos empregados na F1. Até então piloto de desenvolvimento da Renault, Ocon foi seduzido pela Mercedes e assinou com os alemães para correr no DTM em 2016.

A adaptação ao turismo alemão não foi fácil, mas Esteban nem foi preciso mostrar muito. Foi o 'rio' de dinheiro de Haryanto secar para a Mercedes arranjar uma vaguinha para sua promessa na Manor. Pior carro do grid? Talvez, mas Ocon chegava à F1 e se igualava a Pascal Wehrlein, o outro protegido da Mercedes no Mundial.

Extremamente regular, Ocon bateu Wehrlein em quatro das sete provas que disputou até aqui. Mais novo que o rival e também mais vitorioso em categorias de base, o francês impressionou por ao menos ser tão competente quanto o companheiro com tão pouco tempo de F1. Foi aí, nesse período, que Ocon passou de vez Wehrlein e abocanhou uma vaguinha ainda melhor no grid de 2017.

Com Hülkenberg vivendo o sonho de ser um piloto de fábrica na Renault, surgia a oportunidade perfeita para Ocon. Assim, na Force India em 2017, o francês dá seguimento à ascensão meteórica de sua carreira e mantém a evolução. Agora, Esteban terá no currículo um título de F3 Europeia, um de GP3, passagem pelo DTM, passagem por uma equipe pequena e, agora, por um time médio do Mundial. Tudo isso em três anos. 

Enquanto Ocon cresce rapidamente na F1, um outro piloto se vê com alternativas cada vez mais limitadas. Felipe Nasr, que tinha Renault e Force India como melhores opções para 2017, não conseguiu fechar novos acordos. Assim, o brasileiro fica com uma única grande opção: renovar com a fraca Sauber.