Bearman brinca com preço de multa da FIA na F1: “Não posso me dar ao luxo de xingar”

Prestes a entrar na primeira temporada como titular na Fórmula 1, Oliver Bearman foi questionado sobre as novas diretrizes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) relacionadas aos xingamentos na categoria, que podem render multa, suspensão e até dedução de pontos. Desta forma, ao lembrar do alto valor financeiro referente às punições, o jovem da Haas afirmou que “não se pode dar ao luxo” de falar qualquer palavrão.

A polêmica alteração no Código Esportivo Internacional diz respeito ao acréscimo feito no artigo 12.2.1. O apêndice padroniza as sanções que poderão ser aplicadas a pilotos das categorias que estão sob o guarda-chuva da entidade presidida por Mohammed Ben Sulayem em caso de “uso de palavras, ações ou escrita que causem lesão moral ou perda para a FIA, seus órgãos e executivos, mais especificamente sobre o interesse do esporte a motor e nos valores defendidos pela federação”, “má conduta”, “demonstrações políticas e religiosas” e “desrespeito a instruções sobre a participação de cerimônias oficiais”.

Uma multa de € 10 mil (R$ 59,8 mil, na cotação atual) será aplicada para a primeira incidência. Porém, o regulamento também indica que elas podem ser quadriplicadas quando se trata da F1, chegando a € 40 mil (R$ 239 mil). Uma segunda incidência renderá multa de € 80 mil (R$ 478 mil) e suspensão de um mês, enquanto uma terceira resultará em multa de € 120 mil (R$ 717,6 mil) e dedução de pontos no campeonato.

Por ser um dos novatos da temporada, assim como Gabriel Bortoleto (Sauber), Jack Doohan (Alpine), Isack Hadjar (Racing Bulls) e Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), Bearman está na lista de pilotos que recebem os menores salários. Por isso, ao ser questionado pelo portal neerlandês RacingNews365 sobre a proibição do uso de xingamentos e as consequentes multas, o britânico de 19 anos brincou com a situação.

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“Certamente não posso me dar ao luxo de xingar”, disse Oliver. “Mas é claro que esse é um dos grandes assuntos da pré-temporada, essa nova regra que entrou em vigor, e tenho certeza de que descobriremos uma maneira de deixar todas as partes felizes ao encontrar alguma solução”, continuou.

Por fim, Bearman também falou da oportunidade de agora ser membro da Associação de Pilotos de Grand Prix (GPDA) e, desta forma, ter maior participação nas discussões do grupo. Presidente da organização, Alexander Wurz chegou a se manifestar sobre as diretrizes da FIA no fim de janeiro.

“É bom ter um pouco de voz ativa no que está acontecendo na GPDA. Há muitas discussões em andamento sobre vários tópicos, e é bom sentir que temos um pouco de voz em tudo — comparado ao que estava acostumado na Fórmula 2, é uma mudança muito grande. Mas estamos trabalhando duro para descobrir algumas coisas. Então, sim, estamos chegando lá”, concluiu.

A Fórmula 1 se aproxima da volta às pistas. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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