Opinião GP: Como a F1 acertou com o show antes da prova e como errou ao acabar com o de Verstappen

A F1 abriu mão de seus protocolos em Austin e decidiu arriscar. Promoveu um grande espetáculo com inúmeros celebridades e criou um clima à moda americana no Circuito das Américas. A iniciativa foi mais uma na tentativa de se estabelecer nos EUA. Agora em contrapartida, a categoria errou ao punir Max Verstappen, o que a coloca contra si própria

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É LOUVÁVEL QUE A F1 promova um espetáculo que quebre protocolos, mas dê uma nova cara, seja nos EUA ou em qualquer outro lugar, para buscar novos públicos — a apresentação de ontem, com direito a narrador de respeito, chamada dos pilotos e 'start your engines' é se de tirar o chapéu de cowboy —, mas não adianta chegar na pista e ter comissários inconsistentes que aplicam uma punição que até poderia estar correta se fosse nivelada a todos. Valtteri Bottas, por exemplo, retomou posição sobre Daniel Ricciardo usando a parte externa da pista; Sebastian Vettel também se valeu dos limites da curva 1 para tomar a liderança. E sequer apareceu que os 'incidentes' foram averiguados pela direção de prova.
 
E outro ponto que corrobora isso é o uso excessivo do além-pista na curva 19. Todo mundo tirou uma casquinha disso. "Ah, mas não tinha disputa de posição". Isso não importa: se é regra, é regra, o piloto está tirando benefício com ou sem carro atrás ou à frente. Dito isso, podemos até dizer que a atuação dos homens que regem o esporte foi certa, mas, diante do que veio à luz na sequência, quando Niki Lauda – tricampeão e presidente não-executivo da Mercedes – diz que as equipes e a FIA estiveram reunidas e concordaram sobre o uso ‘mais flexível’ dos limites de pista, a punição a Verstappen depõe contra.
O pega entre Kimi Räikkönen e Max Verstappen na volta final do GP dos EUA (Foto: Reprodução)
Apesar de todo a elegância e eficiência do desempenho de Lewis Hamilton em uma vitória absoluta, o jovem holandês foi a alma da corrida. Muito aplaudido pelos torcedores e com muitos seguidores por todos os cantos do mundo, Max largou do fundo do grid, por conta de uma troca de motor, e assumiu uma estratégia diferente de seus rivais para escalar o pelotão. E era exatamente o que vinha fazendo: ultrapassando. Dando o show que os protagonistas não conseguiram apresentar no domingo. No final, ainda fez uma manobra inteligente e arrojada para cima do veterano Kimi Räikkönen, arrancando das mãos do finlandês o pódio. Max acabou fora do top-3. 

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A perda do pódio foi uma perda também para a F1 e expõe a inconsistência – Verstappen teve razão ao reclamar. Mudar resultado de corrida é o último dos recursos, e se há realmente certa condescendência com os limites de pista, então que se siga esse parâmetro ou, melhor ainda, esclarecê-los. E deixe o piloto decidir e arriscar. Ou então que puna a todos. 
 
O final da corrida, portanto, tirou o brilho do pré-prova. Muito bem pensado pelos organizadores, a F1 se apresentou aos norte-americanos. Usou celebridades para criar uma identidade. A categoria quer fazer o público conhecer quem são aqueles 20 caras do grid. Saber o que gostam, o que comem, o que ouvem, mais até do que seus resultados na pista. O público se entregou ao show, e Hamilton acabou sendo o grande embaixador.
Lewis Hamilton e Usain Bolt (Foto: AFP)

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Não é nenhum segredo que Lewis tem grande apreço pelos EUA. Vira e mexe está por aqui, daí a simpatia maior por ele. Só que o inglês fez a sua parte durante todo o fim de semana, tentou trazer esse fã para a dentro da pista. A vinda de Usain Bolt ajudou neste sentido também. Um esportista como o jamaicano, que tanto se identifica, com Lewis foi um acerto.
 
Certamente, o roteiro apresentado em Austin surtirá efeito no futuro, mas não cabe para todas as etapas do campeonato. Só que pode ser entendido como um caminho, para que a F1 encontre também uma forma de criar vínculos por anda passa. Essa seria um enorme passo nos objetivos novos donos do campeonato em humanizar a disputa e ganhar fãs.
Opinião GP é o editorial do GRANDE PRÊMIO que expressa a visão dos jornalistas do site sobre um assunto de destaque, uma corrida específica ou o apanhado do fim de semana de automobilismo.
 

RITMO DE FESTA

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