Opinião GP: Hamilton só não tem fim de semana 100% perfeito porque prejuízo de Vettel poderia ter sido maior no Canadá

Não há o que falar do domínio imposto de Lewis Hamilton no GP do Canadá deste domingo (11). É raro hoje em dia ver uma performance assim, considerando a concorrência que tem de Sebastian Vettel. Mas se buscar um ponto a lamentar, é justamente pela ‘sorte’ que o alemão da Ferrari teve. O que poderia ser uma tarde desastrosa para o líder do campeonato virou um quarto lugar importante na briga pelo título

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A PARTIR DA PARTE FINAL da classificação, Lewis Hamilton agiu com soberania no Canadá. A vitória magnânima neste domingo (11) compôs mais um Grand Chelem — nomenclatura dada a um piloto que também faz pole, melhor volta e lidera todas os giros da corrida — e naturalmente deu um grande respiro na luta pelo campeonato. Alguém poderia dizer que mais perfeito, seria impossível. Mas se for pegar ao pé da letra da expressão, até que de fato poderia. Porque Sebastian Vettel conseguiu, à sua maneira, resgatar o que poderia ter sido um resultado desastroso e minimizou ao máximo o problema que teve na largada.
 
Numa análise de quatro ou cinco replays, sobretudo vendo por sua câmera on-board, Vettel não largou tão mal assim. O alemão seguiu ritmo similar ao de Hamilton, mas já tinha ali no fim da curta reta as presenças de Valtteri Bottas e Max Verstappen aos seus lados. Com o arrojo característico, o holandês da Red Bull arrebentou parte da asa dianteira direita e fez com que Vettel fosse perdendo ritmo. O melhor que havia a ser feito era trocá-la.
 
A Ferrari também já não contava com Kimi Räikkönen, que fez o favor de perder posição até para a Force India e sequer ameaçar Sergio Pérez. Assim, não havia de nenhuma maneira como atrapalhar a vida de Hamilton lá na frente. Vettel passou boa parte da primeira parte da prova se livrando dos carros mais lentos e foi se aproximando do pelotão que tinha em Daniel Ricciardo seu líder só nas voltas finais. Contou com um problema que parecia, a príncipio, ‘migué’ de Räikkönen e ganhou as posições das duas Force India na teimosia e intempestividade de Pérez — que não quis deixar e atrapalhou acintosamente o companheiro Esteban Ocon.
Sebastian Vettel minimizou os problemas do início da corrida (Foto: Ferrari/Twitter)

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Ou seja: o que poderia ser um até normal sétimo lugar de Vettel se transformou em um quarto — e poderia ser terceiro porque dificilmente Ricciardo resistiria se houvesse uma volta mais. Com ajuda da estratégia da Ferrari, que colocou pneus ultramacios na parada a mais que fez em relação aos rivais, Seb marcou 12 pontos importantes que ainda mantêm uma distância razoável para Hamilton na classificação do campeonato, que demonstram claramente que as duas equipes estão em pé de igualdade e vão precisar contar mais com os erros e problemas alheios do que com a ação dos segundos pilotos. Bottas correu para o segundo lugar e ninguém viu – fez o que se espera dele; Räikkönen foi sétimo ladeira abaixo.

 
Portanto, tudo que se viu no Canadá neste domingo é mais uma prova de que o campeonato de 2017 estão em boas mãos e que será disputado ponto a ponto até a etapa derradeira. Os dois maiores campeões do grid mostraram, cada um à sua maneira, o quão gigantes são e o quanto a F1 ganha com uma briga tão apertada entre os dois.

Como já falado, Ferrari e Mercedes têm carros igualmente competitivos. Os alemães conseguiram, de fato, avançar com relação ao acerto e ao comportamento dos pneus ultramacios. E isso ficou claro em Montreal. Hamilton e Vettel, especialmente, apresentaram durante toda a corrida o mesmíssimo ritmo, então, só fica a curiosidade de saber o que teria acontecido se o tetracampeão tivesse passado ileso naquela primeira curva.

Lewis Hamilton venceu o GP do Canadá (Foto: AFP)
Os outros destaques
 

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Esteban Ocon teve um desempenho fortíssimo e tinha mesmo melhores condições de buscar o pódio. Sergio Pérez impediu. É algo que a Force India vai ter de tratar muito bem, mas pesa muito contra o próprio Pérez. O mexicano é teimoso como uma mula e não pensou na equipe. E se pensa na carreira em alçar voos maiores, provavelmente sepultou qualquer chance com o veto à ordem de trocar de posições e, sobretudo, com a fechada que deu em Ocon. 
 
Por fim, Fernando Alonso nos braços do povo canadense. É um caso claro de estudo: como a Indy transformou em dois meses um cara que era meio sisudo e tinha aprendido a não sorrir. Na noite de Montreal no sábado, ligou para a transmissão da NBC para participar do GP do Texas e admitiu que correr lá em 2018 está no radar. Alonso claramente não aguenta mais a Honda, e provavelmente não está nem mais com a cabeça inteiramente focada no seu atual trabalho. Um provável ano sabático na F1 talvez lhe refresque mais a cabeça para um retorno apropriado em 2019.

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