Piastri admite que viveu “momentos tensos” com muros em Baku: “Estava correndo riscos”
Oscar Piastri explicou que precisou fazer de tudo para segurar Charles Leclerc no GP do Azerbaijão, o que o levou a alguns momentos tensos de proximidade com os muros
Oscar Piastri tomou a liderança do GP do Azerbaijão na 20ª de 51 voltas, mas se engana quem pensa que o australiano teve vida fácil até a bandeirada no último fim de semana. Vencedor nas ruas de Baku, o piloto da McLaren precisou segurar Charles Leclerc até o fim sem cometer erros, já que não conseguiu se livrar da pressão do monegasco até os instantes derradeiros da corrida. Segundo ele, o mais importante era manter a ponta na curva 1 e segurá-la no segundo setor da pista.
“Para ser honesto, acho que a chave para mim foi me segurar no setor 2”, avaliou Piastri. “Senti que se conseguisse manter a liderança na curva 1, conseguiria manter Charles [Leclerc] atrás. A curva 2 estava muito escorregadia neste fim de semana, por alguma razão”, destacou o australiano.
Piastri admitiu, inclusive, que a necessidade de manter um ritmo alto o fez passar por alguns apuros ao longo das últimas 30 voltas. Os principais vieram na seção do castelo e na curva 15, onde o australiano chegou a fazer contato com o muro.
“Se você conseguir sair bem dela, a reta [para a curva 3] não é longa o suficiente para que o DRS realmente tenha um impacto. Eu estava correndo riscos na seção do castelo porque precisava manter a distância da curva 7 no restante da volta. Tive alguns momentos tensos nas paredes do castelo e da curva 15. Acho que os caras vão precisar trocar partes da traseira do meu carro após a corrida”, explicou.
A disputa entre Piastri e Leclerc ainda gerou um momento icônico, com ambos balançando de forma consecutiva na última curva antes da entrada da reta. Lutando com o desgaste, os dois pilotos passaram pela zebra quase que de lado, e Oscar disse que queria um registro do momento.
“Mas era ali que eu estava tentando ser rápido, além de obviamente ter uma boa saída na última curva. Pensando nisso, acho que nós dois precisamos de uma foto do ‘drift’ na última curva. Falei com Mark [Webber], e ele disse que parecia a F1 dos anos 1950. Foi um bom momento para ver. Não senti muita diversão no momento, posso garantir”, afirmou.
Por fim, Piastri reconheceu que não conseguiu cuidar dos pneus depois de assumir a liderança, já que a pressão de Leclerc foi constante. O australiano disse que simplesmente tentou ser o mais rápido possível, e o plano deu certo no final.
“Estava tentando simplesmente maximizar o ritmo no fim do setor 2. Era realmente onde eu tentava fazer as coisas funcionarem. Acho que eles [McLaren] reconheceram que eu estava fazendo o possível para manter Charles atrás. Pilotei com o pé embaixo para isso. Não tinha a distância ou o espaço para cuidar dos pneus”, admitiu.
“É claro que estava tentando não destruí-los. Mas, quando você está tentando quebrar o DRS, precisa acelerar com tudo. Então, foi o que eu fiz. E funcionou no fim”, finalizou Piastri.
A Fórmula 1 volta de 20 a 22 de setembro em Singapura, 18ª etapa da temporada 2024, nas ruas de Marina Bay.
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