Pai diz que Stroll teve “dois anos de tortura” durante passagem pela Williams na Fórmula 1

Lawrence Stroll considerou que Lance demonstrou nas categorias por onde passou que merece um lugar no Mundial. O executivo avaliou que falou sorte à equipe na temporada 2020

POR QUE EVOLUÇÃO DE RICCIARDO NA McLAREN CAMINHA A PASSOS LENTOS? | GP ÀS 10

Lawrence Stroll afirmou que Lance viveu “dois anos de tortura” com a Williams na Fórmula 1. O pai lembrou o quanto o canadense se empenhava, mas tinha a certeza constante de que não iria muito além da 18ª colocação.

Lance chegou à F1 em 2017, um ano depois de conquistar o título da Fórmula 3 Europeia. O canadense de Montreal estreou no pódio na oitava corrida da carreira, com um terceiro lugar no GP do Azerbaijão e conquistou a segunda posição no grid da Itália naquela mesma temporada.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Lawrence lembrou o sofrimento de Lance na Williams (Foto: Divulgação)

ANÁLISE
McLaren é 3ª força, mas oscilação de Ricciardo fortalece briga inexistente com Ferrari

O bom começo, porém, foi ofuscado pelas dificuldades da Williams. Naquele primeiro ano, a escuderia de Grove fechou o Mundial de Construtores com o quinto lugar, mas caiu para décima na temporada seguinte, quando somou só sete pontos.

“Começamos com a Williams, sabe, dois anos de tortura”, disse Lawrence Stroll ao podcast Beyond the Grid. “Especialmente quando você está acostumado a vencer, quando treina de duas a três horas por dia, toma cuidado com o que come e sabe que o melhor que você vai fazer é 18º em um bom fim de semana”, seguiu.

“É desafiador, então dar um carro a ele no ano passado foi muito, muito importante. Muito importante por tudo que ele trabalhou”, frisou.

No fim de 2018, Lance deixou a Williams e foi para a Racing Point, que estava em processo de aquisição por um consórcio liderado por Lawrence. Depois, a equipe passou a ser Aston Martin e incorporou Sebastian Vettel em 2021.

O melhor resultado de Lance na Fórmula 1 foi justamente com a equipe do pai. Em 2020, o piloto foi 11º no Mundial de Pilotos, com 75 pontos.

Questionado se ter o pai como chefe de equipe dificultou as coisas para Lance, Lawrence respondeu: “Imagino que sim, provavelmente”.

“Lance demonstrou em todas as categorias de base, quando todos os carros eram basicamente idênticos e não tinha muito que você pudesse fazer. Ele ganhou muitos campeonatos no kart no início, venceu na Fórmula 4, venceu na Fórmula 3”, listou. “Acho que foi a maioria das vitórias, a maioria das poles, e contra muitos dos caras que de fato estão aqui hoje. Então acho que levando em conta a história, acho que ele foi capaz de demonstrar o que podia fazer, assim como no ano passado, tendo um carro adequado”, ponderou.

Lawrence ressaltou que a equipe teve azar no ano passado, inclusive com a infecção de Lance por Covid-19, o que deixou o piloto fora do GP de Eifel. O pai lembrou, ainda, do GP da Toscana, quando o piloto estava na quarta colocação, mas abandonou a corrida após um furo de pneu na segunda perna da Arrabbiata na volta 4.

“Tivemos muita má sorte no ano passado. Lance estava em quarto no campeonato, mas aí tivemos um estouro de pneu. Aquele seria outro pódio. E tivemos algumas pessoas que o colocaram para fora da pista”, recordou. “Então tivemos nossa fatia de azar no ano passado, e foi o primeiro ano em que tivemos um carro com que ele podia fazer qualquer coisa”, continuou.

“Todos nós sabemos que você só é tão bom quanto o carro. Você pode colocar qualquer campeão em um carro que é 18º no grid e ele será 18º ou 17º. Ele, certamente, não será primeiro”, concluiu.

MERCEDES X RED BULL: RIVALIDADE É MAIS ACIRRADA FORA DO QUE DENTRO DA PISTA? | WGP
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.