‘Pálinka’: Primeira vitória faz Hamilton se sentir ainda mais em casa na Mercedes

A adaptação de Lewis Hamilton à Mercedes não foi tão rápida. No caminho, ele chegou a dizer que ainda não se sentia como se sentia na McLaren. Mas a primeira vitória finalmente foi conquistada – e em grande estilo – para ajudar o piloto a se sentir mais confortável na equipe alemã

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“Eu acho que, provavelmente, essa é uma das vitórias mais importantes da minha carreira”, falou Lewis Hamilton.

O inglês venceu o GP da Hungria pela quarta vez na carreira neste domingo (26), em Hungaroring. Essa marca, por si só, já é importante, mas há outro dado sobre essa vitória que ficará mais marcado.

Hamilton venceu pela primeira vez com a Mercedes, equipe para a qual começou a correr no início de 2013. A primeira vitória por um time sempre é especial, tão especial quanto a primeira da carreira.

Foi aos poucos que o inglês foi se sentindo mais confortável na Mercedes. Quando assinou o contrato com o time alemão, no ano passado, ele esperava, no máximo, ganhar uma corrida neste ano. Mas não estava tão otimista assim. Trocou uma equipe de ponta por uma equipe grande, mas que não andava na frente.

2013 contou outra história, porém. Apesar de todas as dificuldades com os pneus, a Mercedes sempre se mostrou rápida. Marcou sete pole-positions em dez corridas – quatro delas com Lewis –, venceu as duas primeiras com Nico Rosberg. Faltava, só, Hamilton subir ao alto do pódio.

“Eu estava faminto por isso hoje. Estava indo com tudo”, afirmou.

E a festa mostrou como ele já se sente bem mais em casa na Mercedes.

“Mudar para uma nova equipe e vencer para a Mercedes-Benz é um privilégio real. Esses caras fizeram um trabalho sensacional. Estou muito feliz por fazer parte do time e realmente não poderia estar mais feliz. Espero que muitas outras venham”, acrescentou.

A Mercedes comemorou muito a vitória de Hamilton na Hungria (Foto: Getty Images)
No caminho para a vitória, Hamilton contou com um ótimo trabalho da Mercedes na hora de chamá-lo para o primeiro pit-stop. Era
preciso entrar antes que os pneus perdessem desempenho, mas em uma situação em que o tráfego não fosse se tornar um problema. Dito e feito. Sebastian Vettel e Romain Grosjean é que encontraram uma pedra chamada Jenson Button no caminho.

“Estávamos mais rápidos, eu tinha pneus novos, mas não havia onde passar”, lamentou o alemão, que chegou a tocar na McLaren do inglês, danificando a asa dianteira. “Deveria ter feito um trabalho melhor com Jenson no começo e, especialmente, não danificado a minha asa dianteira."

Quem sorriu com isso foi Kimi Räikkönen. O finlandês partiu para uma estratégia de duas paradas que, depois de algum tempo, deixou evidente que ele era o único com chances de desbancar Hamilton. Não conseguiu, mas terminou em segundo.

Um resultado um tanto comum, esse. Hamilton venceu quatro vezes na Hungria e, em todas, Räikkönen chegou em segundo. Räikkönen que nunca venceu no Hungaroring.

Para garantir essa dobradinha, porém, Kimi precisou segurar Vettel. Uma briga que envolveu dois campeões mundiais, dois amigos e, possivelmente, dois companheiros de equipe na temporada 2014. Vai depender do desfecho da novela que vai se passando nos bastidores da F1.

“Não tenho nada para o ano que vem, então o que acontecer dentro da pista importa”, falou Kimi. “Nós curtimos mais quando estamos brigando com pilotos que estão em carros diferentes. É meio chato quando é só com o seu companheiro. É algo que todos curtimos”, acrescentou Vettel, depois de repetir, mais uma vez, que não teria problema em dividir a Red Bull com Kimi.

Após dez etapas e antes da pausa para as férias, porém, o campeonato parece que já tem um rumo. A Mercedes cresceu bastante, Kimi descontou um pouco a diferença para Vettel, mas a Red Bull continua forte. E Vettel está sempre bem. Parece que não tem dia ruim para o tricampeão, que foi pelo menos o quarto colocado em todas as corridas que completou em 2013.

Mais um pouco, Vettel já vai poder entrar em modo de cruzeiro na F1 2013 (Foto: Getty Images)
São 172 pontos para Vettel, 134 para Kimi, 133 para Alonso e 124 para Hamilton. Faltam nove corridas para o fim do campeonato.

“Precisamos trabalhar duro”, falou Hamilton. “Você nunca sabe como os pneus vão durar, mas, se nós viemos para cá e fizermos os nossos pneus durarem, então estaremos aptos a fazer isso em qualquer lugar. Dedos cruzados”, disse um otimista Hamilton.

Como um CD riscado, Alonso repetiu que a Ferrari precisa melhorar o carro “para ter chance de vencer o campeonato”. Kimi manteve a frieza de sempre. Satisfeito por ter tirado alguns pontos do líder do campeonato? “Sim, é melhor do que nada."

Voltando a Hamilton, ao conquistar essa quarta vitória, ele dedicou a uma pessoal muito especial: a ex-namorada Nicole Scherzinger. E também perguntado sobre a curva que mais gosta neste circuito onde anda tão bem. A escolhida foi a curva 2, onde ele fez uma boa manobra sobre Mark Webber neste domingo. Uma das manobras que o ajudaram e muito a abrir a vantagem necessária para vencer o GP da Hungria.

Faltou só falar do Grosjean, coitado, estava tão bem na corrida, mas foi punido duas vezes, durante e depois. A punição que recebeu durante a prova foi bem exagerada. Ele fez uma das ultrapassagens mais bonitas do ano sobre Felipe Massa, que se assustou quando soube que ela rendeu uma punição ao francês. "Acho que foi uma manobra correta", defendeu-se. Mas teve também o toque com Jenson Button, esse, sim, passível de punição. Grosjean admitiu que errou e pediu desculpas para Jenson Button. O acréscimo de 20s ao seu tempo final de prova, contudo, não fez diferença e o manteve na sexta posição.

A F1 volta daqui a um mês. O GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, está marcado para 25 de agosto.

GRANDE PRÊMIO acompanha ‘in loco’ o GP da Hungria, direto do circuito de Hungaroring neste final de semana, com o repórter Renan do Couto. Acompanhe o noticiário completo aqui.

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