Para não ter Renault no nome, Red Bull estuda correr em 2016 com motor rebatizado e preparado pela Ilmor
A saída mais recente para a Red Bull ter como disputar a temporada 2016 da F1 passa pelo seu desafeto, a Renault. O GRANDE PRÊMIO soube que a equipe negocia com a montadora para que corra com suas unidades no ano que vem, ou preparadas pela empresa de Mario Illien, a Ilmor, ou uma companhia austríaca chamada AVL, em um movimento semelhante ao visto na época da presença da Mecachrome
Com o veto de Ferrari e Mercedes e o forte muxoxo da McLaren em ver que a Honda estava ouriçada para fornecer motores, a Red Bull decidiu dar uma última cartada para continuar na F1 e ter um motor para correr. É a Renault, mas ao mesmo tempo não, até porque uma companhia não quer saber da outra. Mas se trata de uma tentativa que remete a alguns bons anos da categoria em que uma montadora repassava suas unidades a uma empresa, que fazia a redistribuição de suas peças.
A Renault de fato já tem funcionários na sede da Lotus em Enstone de olho na preparação da equipe para 2016, apesar de o contrato para assumir a equipe ainda não ter sido assinado pelo presidente da montadora francesa, o brasileiro Carlos Ghosn. Espera-se uma definição até este fim de semana, mas no estágio em que estão as coisas, não se vê a Renault dando vários passos atrás e se retirando da F1.
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Feita a retomada da Lotus, a Renault trabalha com outra questão para o ano que vem: a Red Bull. Também é explícita a repulsa que as duas companhias têm uma pela outra e que o término do relacionamento é inevitável depois de dois anos infrutíferos na F1. A equipe não mediu esforços em criticar não só o fraco motor, mas o mau desenvolvimento feito pelos franceses, que uma hora tentavam rebater à altura, outra tentaram a paz. Só que uma precisa da outra. A Red Bull não tem motor para correr no ano que vem e a Renault precisa levantar alguns trocados para amenizar o gasto que vai ter nesta operação toda.
O GRANDE PRÊMIO apurou que uma das soluções é que a parceria entre as partes continue, porém de forma velada: usar os motores 'rebatizados', no estilo que a própria Renault fez durante três décadas na F1.
A divisão esportiva da Renault tem laços há mais de quatro décadas com a Mecachrome. Desde os anos 80, quando a montadora quis fornecer motores a outras equipes, utilizou-se desta empresa de engenharia da área de aviação para a preparação das unidades. Mesmo nos períodos em que a Renault se retirou da F1, a Mecachrome esteve na ativa, sendo parceira de times como a Williams e a Benetton — que, em 1998, batizou suas unidades de Playlife; no ano seguinte, Flavio Briatore assinou um acordo com a companhia e passou a nomeá-los como Supertec.
É algo similar que pode acontecer agora, e o primeiro nome que surge como salvação é o da Ilmor, do guru dos motores Mario Illien.
Illien chegou a ser consultado meses atrás pela própria Renault para verificar onde é que sua unidade V6 turbo poderia gerar mais potência. Uma das soluções apresentadas foi um protótipo de um cilindro único, só que a marca do losango achou que seu atual propulsor teria maior chance de desenvolvimento.
A Ilmor é a responsável pelos motores da Chevrolet na Indy, onde são usados motores 2.2 V6 biturbo, configuração que a FIA e Bernie Ecclestone podem adotar para a F1 como alternativa em 2017.
Outra opção é a austríaca AVL — sigla para o pomposo nome Anstalt für Verbrennungskraftmaschinen List —, empresa de engenharia que desenvolve trens de força para a indústria automotiva e é próxima à Red Bull.
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Posted by Grande Prêmio on Quinta, 5 de novembro de 2015