Perdida por desmanche, Toro Rosso tem em Newgarden solução fora da caixa e divertida para GP dos EUA

Josef Newgarden apareceu entre os nomes que interessam a Toro Rosso para substituir Pierre Gasly, caso o francês realmente fique fora do GP dos Estados Unidos por conta dos compromissos prévios com a Super Formula. É uma escolha interessante e que pode dar frutos para a equipe além das pistas num momento em que a escuderia de Faenza parece ter largado o campeonato de mão

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A situação da Toro Rosso é de uma incerteza enorme nos dias que seguem o GP do Japão do último fim de semana. Se há dias o time tinha três opções e resolveu sacar Daniil Kvyat para começar a preparar Pierre Gasly para a temporada 2018, agora a equipe italiana tem somente um piloto disponível e precisa se virar para arrumar alguém que possa rapidamente entrar no carro e tapar o buraco. Uma prova de que a Toro Rosso não tem a menor ideia de como sair da trincheira que cavou.

Se para os GPs de Malásia e Japão a Toro Rosso teve Gasly e Carlos Sainz Jr, agora Sainz foi recrutado antes da hora para a Renault. O acordo era para 2018, mas a fábrica francesa está interessada em terminar o campeonato de 2017 à frente da Williams com o quinto posto do Mundial de Construtores. É por esse motivo, então, que fizeram o acordo para tirar Sainz da rival e colocá-lo ao lado de Nico Hülkenberg.

Quanto a essa movimentação, a Toro Rosso tinha pouca ingerência. Sainz foi cedido como parte do pacote para a rescisão contratual da equipe com a Renault para que passe a receber motores Honda a partir do ano que vem – tudo isso está assinado agora. A Red Bull, envolvida, deu o OK e foi quem aceitou o adiantamento do piloto. A Toro Rosso sabia, no entanto, que havia uma grande possibilidade da mudança.

Do outro lado, Gasly. Campeão da GP2 em 2016 e sem qualquer chance de entrar na F1 no início de 2017, o francês tomou um caminho que tem se tornado comum para pilotos neste limbo transitório: a Super Formula japonesa da Honda. Gasly disputou toda a temporada até agora e chega à etapa final com mísero 0.5 ponto atrás do líder – claro, a decisão da categoria será no mesmo fim de semana que o GP dos EUA.

Pierre Gasly (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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A Honda não está disposta a perder um piloto que pode ser campeão de sua categoria caseira para disputar uma corrida qualquer da F1 onde não há grandes aspirações. Além do mais, sem um Fernando Alonso para ser o rosto da F1 no mercado japonês em 2018 – já que Honda e McLaren seguirão caminhos diferentes -, a fábrica japonesa adoraria ter em Gasly uma figura reconhecida no território nacional para ser o grande garoto-propaganda na F1.

E a Toro Rosso não levou em consideração essa possibilidade. Até o chefe da academia de pilotos da Red Bull, Helmut Marko, admitiu que confirmar Gasly para o resto da temporada foi uma estratégia equivocada. "O anúncio foi um erro. Nossa nova fornecedora de motor, a Honda, quer Gasly participando da decisão da Super Formula para tentar ser campeão", falou à revista alemã 'Auto Motor und Sport'.

No lugar de Sainz nos Estados Unidos, estará Kvyat de volta, quase como a volta dos que não foram. E nos próximos dias será definido se Gasly corre ou não, depende do poder de convencimento da Red Bull/Toro Rosso frente à Honda. Mas com o pessimismo notado nos últimos dias, a possibilidade não parece promissora.

Marko e a Toro Rosso não querem abrir o jogo sobre quem será o eventual substituto de Gasly. O que se sabe é que a marca dos energéticos não tem nenhum piloto afiliado neste momento que seja considerado 'material de F1'. Sean Gelael guiou nos testes coletivos de meio de temporada na Hungria, em tese seria o primeiro piloto da fila. Não é, no entanto, um talento exatamente promissor e faz uma temporada muito ruim na F2 – com 75 pontos a menos que o companheiro de equipe. Gelael é indonésio e tem a parceria com a petrolífera nacional Pertamina – como Rio Haryanto -, mas não muito mais que isso.

Josef Newgarden (Foto: IndyCar)

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O nome mais curioso colocado na lista da Toro Rosso foi também o mais supreendente: Josef Newgarden. Campeão da Indy em setembro, no primeiro ano de Penske, Newgarden é daqueles pilotos que passou de passagem na aventura da Europa e poucas chances de verdade teve. Voltou sem muita alternativa para os Estados Unidos e fez lá o que já é uma bela carreira. Aos 26 anos de idade, Newgarden se diz apaixonado pela Indy a todo tempo.

"É uma grande categoria que só vai melhorar. Se alguém que você conhece não sabe do que acontece aqui, traga para uma corrida ano que vem, venha para as 500 Milhas de Indianápolis. Eu carrego a bandeira da Indy com alegria", declarou Josef logo após o GP de Sonoma em que se consagrou.

Velho amigo e outro piloto que tentou a Europa, Conor Daly falou abertamente que a F1 deveria estar de olho em Newgarden. "Neste momento, o ritmo do desenvolvimento de Josef é constante. Ele deveria estar recebendo ligações de equipes da F1. De nenhuma forma ele deveria passar despercebido. Esse cara ganhou o campeonato na primeira temporada com a Penske – talvez esteja recebendo ligações de times da F1", disse em entrevista à revista 'Racer'.

É difícil saber se a Toro Rosso em algum momento entrou em contato com Newgarden ou se Daly sabia de alguma coisa, mas tudo parece uma grande coincidência. Com a Indy ganhando em relevância internacional, o nível de pilotagem de Newgarden nos últimos três anos é claramente altíssimo. Em 2017, um estreante na Penske, foi o melhor piloto do campeonato e conseguiu o que não acontecia na Indy há bons anos: um campeão jovem, abaixo dos 30 anos de idade.

O nome de Newgarden soa bem para o Liberty Media, que, não é segredo, quer aumentar o nível de exposição nos Estados Unidos. Levar o campeão da Indy para a etapa do Texas teria um apelo inegável por aquelas áreas. Como conquistador da Indy, a superlicença não seria problema para Josef.

Josef Newgarden (Foto: IndyCar)

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Outro nome abordado foi o de Sébastien Buemi, que guiou pela Toro Rosso no início da década e segue como piloto de testes da Red Bull. Buemi consolidou o nome como um dos melhores pilotos do mundo fora da F1 nos últimos anos e tem a superlicença. Faria sentido. A questão: Buemi tem contrato até o fim de 2018 com a Toyota no Mundial de Endurance. Para guiar na F1, precisaria de uma liberação. Dificilmente, porém, a Toyota iria liberar Buemi para competir por uma equipe que tem a rival nacional Honda como parceira. E, sim, a parceria só começa efetivamente em 2018, mas o contrato está assinado – o que costuma ser mais que o suficiente para uma barração.

Os jovens Charles Leclerc e Antonio Giovinazzi também foram tratados como possibilidades. Ambos já andaram no carro atual da F1: Giovinazzi correu pela Sauber enquanto Pascal Wehrlein estava machucado; Leclerc, por sua vez, testou no meio da temporada e acabou de ganhar a F2. O problema é que ambos são pilotos da academia da Ferrari.

Faria sentido escolher um deles e pedir um empréstimo de uma corrida? Até faria, mas a Toro Rosso precisa decidir o que quer. O time italiano ainda ocupa o sexto lugar do Mundial de Construtores, à frente inclusive da Renault, mas dá pinta de ter abandonado a questão de pontos na temporada ao perder Sainz – responsável por 48 dos 52 tentos da equipe. Do pontos de vista de experiência, talvez Giovinazzi seja a melhor escolha frente a um Newgarden que não conhece nem os simuladores da F1. E a Toro Rosso tende a andar bem nos Estados Unidos. Até puxando pelo ano passado, quando Sainz foi ao sexto posto.

Acontece que qualquer piloto que pisar na Toro Rosso vai lidar com circunstâncias tremendamente desfavoráveis. Paul di Resta conhecia o carro da Williams por simuladores antes do GP da Hungria e teve de brigar com o volante para substituir Felipe Massa. Não foi mal, mas os pontos ficaram longe. É um bom parâmetro, até mesmo se Di Resta for contado como um suplente em potencial. Ninguém conhece o carro, ninguém vai andar em Austin em boas condições para marcar pontos.

Robert Kubica na Hungria (Foto: Renault)

O mesmo vale para Robert Kubica, que pleiteia um retorno à F1 de todas as formas. A porta para a Renault se fechou, mas a da Williams abriu para o ano que vem. Um vestibular com a Toro Rosso pode ser interessante para ele, claro, mas para a equipe funciona da mesma forma que Giovinazzi ou Di Resta. Condições desfavoráveis demais. O mesmo que Takuma Sato, o nome mais estranho que apareceu. Vencedor da Indy 500, Sato não guia na F1 há mais de uma década, mas tem ligação com a Honda. É o maior azarão do páreo.

Enquanto Kubica é sem qualquer dúvida a opção mais agradável aos olhos de publicidade da Toro Rosso na Europa, é necessário lembrar que a corrida é nos Estados Unidos e que Newgarden tem o título como última imagem por lá. De férias da Indy, o norte-americano é o melhor piloto dentre os citados – ainda que Leclerc possa se mostrar um talento especial, algo que a carreira indica que realmente possa ser, em 2017 Newgarden é superior. E merece ganhar um ‘crossover’.

A primeira opção da Toro Rosso ainda deve ser conseguir uma liberação da Honda para Gasly correr. Caso isso não aconteça, seria bastante divertido ver uma chance cair nas mãos de Newgarden.

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