Pérez lembra acidente que sofreu em 2011 com impacto semelhante ao de Alonso: “Foi bem grande”

Na classificação para o GP de Mônaco de 2011, o então novato Sergio Pérez bateu forte na chicane em Monte Carlo e sofreu uma concussão, ficando de fora das duas corridas seguintes. Impacto sofrido pelo mexicano foi parecido com o da descrição que a McLaren fez a respeito do acidente de Fernando Alonso

Grande Prêmio
Renan do Couto 03/03/2015    09:20    5min    Fórmula 1
Pela descrição feita pela McLaren a respeito do acidente de Fernando Alonso em Barcelona, há dez dias, o impacto que o espanhol recebeu foi semelhante ao que tirou Sergio Pérez de dois GPs em 2011.
 
Em seu ano de estreia na F1, Pérez perdeu o controle da Sauber na saída do túnel durante o treino classificatório para o GP de Mônaco e bateu lateralmente na barreira de pneus. O mexicano teve uma concussão na batida e perdeu não somente a corrida em Monte Carlo, mas também o GP do Canadá, duas semanas depois.
 
Na ocasião, ele chegou a receber a aprovação dos médicos da FIA para correr em Montreal. Entretanto, após se sentir mal no primeiro treino livre, foi substituído pelo espanhol Pedro de la Rosa e voltou a correr apenas no GP da Europa, em Valência, após outras duas semanas de recuperação.
Sergio Perez (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Não sei os detalhes do acidente dele, mas o meu foi bem grande em Mônaco. Eu tentei entrar no carro duas semanas depois, no Canadá, e fiz um treino livre, mas estava me sentindo meio mal no carro e decidimos que não correria. Mas, duas semanas depois, eu voltei. Mas o meu acidente foi de 60G”, descreveu Pérez.
 
Alonso, segundo a McLaren, também bateu de forma lateral no muro de proteção em Barcelona no dia 22 de fevereiro. De acordo com Ron Dennis, metade da força G do impacto foi sentida pelo piloto — estima-se que entre 15 e 20 G. A equipe assegurou que, em todos os exames que foram feitos durante os três dias em que o piloto ficou no hospital, nenhuma lesão foi encontrada. E, em um vídeo na internet, o asturiano apareceu dizendo que está “completamente bem”. A ausência na última bateria de testes da pré-temporada foi apenas precaução.
 
Sabe-se, no entanto, que o bicampeão chegou a ficar desacordado logo após o impacto e acordou “confuso”, de acordo com um relato feito por seu pai e por seu empresário. Nesta segunda-feira, o site alemão ‘F1-insider.com' reportou que ele acordou falando italiano e achando que estava na Ferrari.

Todavia, nesta terça-feira (3), a equipe divulgou um novo comunicado em que pela primeira vez admitiu que Alonso sofreu uma concussão e anunciou que o espanhol ficará fora do GP da Austrália, no próximo dia 15 de março.

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Pérez desejou que Alonso tenha uma “recuperação rápida” e afirmou que o espanhol fará muita falta no grid. “É sempre triste quando um companheiro passa por uma situação dessas, e tudo o que se pode fazer é desejar que melhore e que você volte a dividir a pista com ele. Até porque, sendo Fernando, sempre é bom ver uma corrida dele, para os fãs e para todos”, disse.
 
O substituto será o dinamarquês Kevin Magnussen, que já recebeu a chance de andar no carro em um dia de testes na pré-temporada. Sentar no cockpit e entrar na pista para disputar um GP não será a tarefa mais fácil do mundo, mas o titular da McLaren na temporada passada disse que está pronto para fazê-lo.
 
“Vai ser difícil, pois não será um time de mecânicos e engenheiros com o qual conversei durante todo o inverno. Fiquei um pouco de lado. Fui acompanhando tudo, mantendo-me atualizado, mas é diferente quando você tem o próprio time e pode trabalhar com eles todos os dias. Vai ser difícil, mas vou ficar muito feliz se tiver que fazer isso”, falou.
UM NOVO DOMÍNIO VEM AÍ

Todos esperavam que a Mercedes se mostrasse rápida nos testes coletivos da pré-temporada, e talvez o time esteja mais rápido do que se acreditava. Quanto mais rápido, só mesmo esperando duas semanas até o GP da Austrália, em Melbourne, quando terá início a grande batalha: ‘Lewis vs. Nico — parte 2’. A F1 pode se preparar para mais um ano de domínio das Flechas Prateadas. A Mercedes tem tudo para vencer a maior parte das corridas com sobras e faturar, assim, os campeonatos de Pilotos e Construtores.

COMO CADA UM CHEGA

A pré-temporada da F1 terminou. Foram 12 dias de pista em que as equipes se concentraram em diferentes programas para avaliar os carros com os quais vão disputar a temporada 2015. Agora, restam poucos dias para que tudo seja preparado na fábrica e despachado para Melbourne, na Austrália. O GRANDE PRÊMIO traz um análise equipe por equipe, com as escuderias ordenadas pela quilometragem percorrida, do trabalho realizado na pré-temporada.

DESCAMUFLADO

A pintura camuflada que teve como inspiração um capacete usado por Sebastian Vettel no GP da Itália de 2014 e foi usada nos testes agradou bastante, mas já é coisa do passado. Um dia depois do encerramento da pré-temporada, a Red Bull apresentou as cores que o RB11 carregará ao longo da temporada 2015 do Mundial de F1 — e sem grandes surpresas. O azul e o roxo que predominaram nas últimas temporadas novamente serão as cores oficiais da marca de bebidas energéticos no Mundial.

A VOLTA DE NELSÃO

Nelson Piquet vai voltar a correr e escolheu a Porsche Cup para o retorno às competições no Brasil. O carioca de 62 anos inicia a disputa na categoria já no próximo sábado, dia 7, no autódromo de Curitiba, que abre a temporada 2015.

Sobre o restante do campeonato, não é certo que estará sempre presente, porém, segundo o ‘DIÁRIO MOTORSPORT’, a intenção de Nelson é estar envolvido no maior número possível de etapas.

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