Pérez negocia retorno à McLaren e entra em lista quádrupla por vaga para temporada 2019, diz TV

Sergio Pérez de volta à McLaren? O mexicano ao menos está em conversas com a escuderia britânica para um eventual retorno, informa a emissora Sky Sports nesta quarta-feira (29). Pérez teve uma passagem apagada pela McLaren em 2013, quando foi chamado para substituir Lewis Hamilton — que havia sido contratado pela Mercedes para ocupar o lugar deixado por Michael Schumacher. Contudo, o piloto nascido em Guadalajara, um dos grandes nomes da F1 no ano anterior pela Sauber, enfrentou dificuldades de adaptação e não se encaixou à filosofia da McLaren, sendo dispensado no fim daquela temporada. A partir de 2014, passou a defender a Force India e teve êxito ao conquistar nada menos que cinco pódios desde então.

 

Nos anos seguintes, Pérez chegou a declarar que a ida para a McLaren aconteceu em um momento que não foi o mais adequado, uma vez que o piloto mexicano não se sentia ainda pronto para dar um salto tão grande para uma gigante da F1. Em 2013, Pérez teve Jenson Button como companheiro de equipe, com os dois chegando a travar disputas duras dentro das pistas. 

 

Mas ‘Checo’ não conseguiu se adaptar ao problemático carro da McLaren à época e também não teve o prestígio do então chefe Martin Whitmarsh. Em 2014, Pérez foi trocado por Kevin Magnussen, oriundo do programa de jovens pilotos da McLaren e hoje titular da Haas.

A Sky Sports conta que a McLaren está indecisa sobre quem vai ser o companheiro de equipe de Carlos Sainz para 2019. A opção por Pérez formaria uma dupla latina formada por um espanhol e um mexicano. ‘Checo’, contudo, faz parte de uma lista quádrupla de pilotos que a escuderia de Woking vai apontar para a próxima temporada.

 

Lando Norris é o novo pupilo da McLaren e vem sendo um valor lapidado para o futuro da equipe. Talvez, um futuro já imediato. O britânico de 18 anos, que luta pelo título da F2 com George Russell — forjado pelo programa de desenvolvimento da Mercedes — já participou do primeiro treino livre do GP da Bélgica, no lugar de Fernando Alonso, e vai acelerar também nesta sexta-feira em Monza, desta vez ocupando o cockpit do carro de Stoffel Vandoorne.

 

O belga, atual titular da McLaren, queixou-se publicamente nos últimos dias da falta de evolução e competitividade do carro laranja. Vandoorne faz uma temporada muito apagada na comparação com seu companheiro de equipe. O piloto somou apenas oito pontos no campeonato — e não pontua desde o GP do Azerbaijão, em abril, enquanto Alonso é o nono colocado no Mundial de Pilotos e soma 44 tentos.

 

O quarto integrante da lista de candidatos à vaga que ainda resta ser preenchida na McLaren é Esteban Ocon. O francês, reconhecido pelo talento, é apadrinhado pelo programa de desenvolvimento da Mercedes, e Toto Wolff deixou claro o interesse em mantê-lo em um lugar competitivo na F1. 

 

Com a iminente troca de pilotos na Force India, com Lance Stroll tendo possibilidades reais de ocupar a vaga de Ocon depois de o pai, Lawrence Stroll, liderar o consórcio para adquirir a equipe de Silverstone, o francês tem o futuro em xeque, e a McLaren aparece como opção.

 

No entanto, a Sky Sports conta que informações no paddock dão conta que Ocon chegou a visitar Woking para fazer o molde do assento do carro durante as férias de verão. O problema foi a altura de Esteban — 1,86 m — que o impediu de se instalar de forma adequada ao cockpit do MCL33.

 

Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen já tiveram seus nomes ligados à McLaren em determinados momentos nesta temporada. O australiano, contudo, surpreendeu o mundo do esporte ao assinar com a Renault e deixar a Red Bull após longa data. E Räikkönen, que já defendeu a McLaren entre 2002 e 2007, está em vias de renovar seu contrato com a Ferrari, com a possibilidade muito real de o anúncio ser feito nos próximos dias, às vésperas do GP da Itália, diz a Sky Sports.