Fittipaldi assume decepção por ficar sem vaga na Haas, mas avisa: “História não acaba aqui”

Brasileiro reconheceu que machuca ter perdido a chance depois de chegar tão perto de um posto como titular na Fórmula 1, mas destacou que isso não muda o comprometimento dele com a Haas

O incidente com Nicholas Latifi que interrompeu o teste no Bahrein (Vídeo: Reprodução/DAZN)

Pietro Fittipaldi reconheceu a decepção por ficar sem a vaga na Haas para a temporada 2022 da Fórmula 1. O brasileiro contou que sabia que disputava o lugar que era de Nikita Mazepin com outro piloto, mas ouviu como justificava que a equipe precisava de alguém mais experiente.

A escuderia americana precisou correr atrás de um piloto de última hora na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia. Por conta da invasão russa ao território vizinho, o ocidente passou a aplicar inúmeras sanções econômicas em uma tentativa de conter Vladimir Putin, o que afetou a equipe que tinha como um dos principais patrocinadores a Uralkali, de Dimitry Mazepin, pai de Nikita.

Pietro Fittipaldi guiou a Haas no Bahrein na tarde do primeiro dia de testes (Foto: Haas)

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Apesar de a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) não ter vetado a presença de russos, a Haas acabou rompendo as ligações com Mazepin e a Uralkali e, assim, precisou buscar um novo parceiro para Mick Schumacher.

Piloto de testes da equipe, Pietro apareceu como um dos candidatos, mas a vaga ficou com Kevin Magnussen, que já tinha defendido a Haas entre 2017 e 2020. De acordo com Guenther Steiner, chefe da equipe, o dinamarquês foi o único piloto contatado neste processo.

“Ele me disse que realmente tinham só dois candidatos sendo considerados: eu e não sabia quem era o outro piloto”, disse Pietro. “Era Kevin, e as coisas foram para o lado dele. Respeito a decisão da equipe. Obviamente, como um piloto de coração, é desapontador, machuca, pois sei o potencial que temos e o potencial que posso entregar como piloto”, seguiu.

“[Steiner] disse: ‘Precisávamos de alguém com experiência’. E eu entendo isso, mas não muda meu comprometimento com a equipe, e a história não acaba aqui”, avisou. “Vou seguir trabalhando duro. Já tive de lutar contra muitas adversidades na minha carreira. E essa é só mais uma. A única coisa que posso fazer agora é trabalhar ainda mais duro”, insistiu.

Pietro destacou que seria uma grande chance ser primeiro brasileiro titular na Fórmula 1 desde 2017 e ter também a chance de correr em Miami, a cidade onde nasceu.

“Sei o que poderíamos fazer, seria enorme com o Brasil e tudo mais, seria incrível”, comentou. “O GP de Miami, eu nasci em Miami. E eu pensei que tudo se ajeitaria. Mas tudo bem. Não é um problema. Você acorda no dia seguinte e trabalha mais duro”, minimizou.

“Outra oportunidade vai aparecer, sei que a minha história não acaba aqui. O que quer que seja, disse a Guenther que estou tão comprometido quanto estava antes. E que estarei o mais preparado possível cada vez que ele me colocar no carro”, encerrou.

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