Pilotagem redentora de Ricciardo no GP de Mônaco teve perda de duas marchas e falha no MGU-K

Daniel Ricciardo passou por sufoco no GP de Mônaco deste domingo (27). O australiano venceu após segurar Sebastian Vettel, mas enfrentando graves problemas mecânicos. De acordo com o próprio Ricciardo, a segunda metade da corrida se desenrolou com duas marchas a menos e um MGU-K falho.

 

“Tivemos muitos problemas para enfrentar durante a corrida. Antes da metade eu perdi potência e pensei que a corrida estava acabada para nós. Conseguimos ir até o fim só com seis marchas. Agradeço a todos na equipe por chegar lá”, disse Ricciardo.

 

Inicialmente se imaginava que Ricciardo enfrentava problemas de bateria – o que seria ruim, mas não tanto quanto perder marchas. O australiano, todavia, não explicou quais marchas pararam de funcionar.

O MGU-K, por sua vez, é responsável pela geração de energia cinética no carro, cumprindo função análoga à desempenhada pelo Kers antes da introdução dos motores turbo. Isso significa que Ricciardo tinha menos potência do que Vettel nas retas.

 

“Perdemos o MGU-K depois de 17 ou 18 voltas e ele estava perdendo uns 2s5 por volta”, comentou Christian Horner, chefe da Red Bull. “Aí as temperaturas do freio fogem do controle e as temperaturas de combustível e pneus começam a subir. Mesmo assim, ele controlou isso como se fosse um passeio de carro no domingo. Me falavam pelo rádio que seria necessário estacionar o carro em uma ou duas voltas. Eu disse ‘olha, estamos liderando o GP de Mônaco e vamos continuar’”, seguiu.

 

Administrando os problemas, Ricciardo alcançou uma vitória que bateu na trave em 2016, quando um erro da Red Bull nos boxes permitiu a ultrapassagem de Lewis Hamilton na briga pela vitória. Esse é o segundo triunfo de Daniel em 2018, seguido da alcançada na China.