Pilotos apoiam busca por mais segurança, mas se dividem em relação à opção da FIA em adotar Shield como proteção de cockpit

No primeiro dia em Sóchi, os pilotos não conseguiram chegar a um consenso sobre o Shield. Romain Grosjean e Daniil Kvyat rejeitaram carros fechados na F1, enquanto Valtteri Bottas e Pascal Wehrlein não se opuseram à adoção do recurso que tem como meta proteger a cabeça dos pilotos

 
A F1 não conseguiu um consenso entre os pilotos em relação ao aumento da segurança nos carros. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou na última terça-feira que decidiu pelo Shield como forma de proteger o cockpit.
 
O 'Shield' — escudo, em tradução literal — se trata de uma versão otimizada do Aeroscreen criado pela Red Bull e rechaçado pelas equipes no ano passado apesar da aprovação inicial do diretor-técnico da FIA, Charlie Whiting.
 
Desenvolvido por uma equipe comandada pelo diretor de segurança Lauren Meckies, o Shield é um disco da PVC plano na frente do cockpit, um tanto menor que o Aeroscreen — e esteticamente mais condizente com o F1.
Romain Grosjean rejeitou a ideia de cockpit fechado na F1 (Foto: Haas)

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Nesta quinta-feira (27), durante uma coletiva de imprensa em Sóchi, os pilotos não conseguiram chegar a um consenso sobre a adoção ou não do recurso.
 
Questionados se preferiam o Halo ou o Shield, os pilotos se dividiram. Embora defendam a busca por uma maior segurança, alguns rejeitam a ideia de cockpit fechado.
 
“Não sou fã do Halo e tampouco sou muito fã do Shield”, disse Romain Grosjean. “A segurança é uma prioridade principal para a F1, mas não quero mudar o conheço como F1 a vida toda”, seguiu.
 
“Ter algo fechado por cima… não sei. Não quero ver carros fechados. Não quero. A F1 não tem carros fechados”, frisou o francês.
 
Daniil Kvyat concordou com o piloto da Haas e afirmou que a segurança atual da F1 é suficiente.
 
“Estou de acordo com Romain. Acho que, por agora, é suficiente, é a forma como deveriam ser os carros de F1. Acho que temos proteções o suficiente”, avaliou Kvayt. “Se existem boas ideias, claro, devem ser consideradas, mas, no momento, sou contra essas duas opções”, resumiu.
 
Valterri Bottas, por sua vez, não se colocou contra o recurso, que considerou com um bom passo em relação ao Halo.
 
“Não me importo com o Shield. Acho que foi bem estudado. É um bom passo em comparação com o Halo, por isso acho que é melhor”, opinou. “O aspecto de segurança é sempre importante, assim como é manter as coisas melhorando, desenvolvendo. E a segurança tem de ir sempre melhorando, então não me importaria em testar o Shield e ver se acontece algo com a visibilidade, se há algum problema”, seguiu.
 
“Se estamos falando de segurança, deveria ser um ponto importante, um grande passo de segurança em comparação com o que temos até agora”, completou.
 
Mesmo sem ter visto o Shield, Pascal Wehrlein não se opôs e avaliou que o recurso cria até mesmo um visual interessante.
 
“Ainda não vi o Shield, então não sei o que dizer. Creio que é similar ao que vimos no ano passado da Red Bull. Um ponto intermediário. Parece bom”, elogiou. “Acho que o Halo é um pouco estranho, eu gostei bastante da versão do Shield do ano passado, parecido com uma nave espacial, um pouco futurista. Acho que eu gostaria se fosse parecido com isso. Se é mais seguro, melhor para nós”, concluiu. 
 
O GP da Rússia, o quarto do ano, acontece neste fim de semana, e o GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades em Sakhir AO VIVO e em TEMPO REAL.
 

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