Pilotos apoiam redução de treinos livres na F1: “Dois, no máximo, é mais que suficiente”

George Russell acredita que um treino livre seria o bastante para testar acertos e atualizações. Pierre Gasly e Logan Sargeant também apoiaram redução no número de sessões no fim de semana

O assunto redução dos treinos livres na Fórmula 1 não passou batido na coletiva de imprensa desta quinta-feira (30), em Melbourne, e os pilotos admitiram que o atual formato com três sessões de uma hora cada é um tanto exagerado. Para eles, até mesmo um treino seria o bastante para o fim de semana da categoria.

A questão foi abordada pelos jornalistas após o presidente da F1, Stefano Domenicali, dizer ao canal português Sport TV que era a favor do cancelamento das sessões atuais, “que são de grande utilidade para os engenheiros, mas o público não gosta”. O dirigente sugeriu ainda que os TLs oferecessem aos pilotos alguma pontuação ou mesmo já contar para a classificação de sábado — que é o que acontece hoje na MotoGP.

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DOMENICALI
Stefano Domenicali confirmou intenção de mudar formato dos treinos livres (Foto: Fórmula 1)

George Russell foi o primeiro a falar sobre o tema e argumentou que, apesar da falta de testes, um único treino seria o bastante para as equipes trabalharem em acertos e atualizações. “Obviamente não temos nenhum teste. Acho que uma sessão é suficiente para todos fazerem o que é preciso para ajudar no desenvolvimento.”

“Este ainda é o auge do esporte. Você não quer ficar com o carro que criou no início do ano sem nenhuma chance de experimentar coisas novas. Às vezes, essa é a beleza, ter esses 60 minutos da sessão para testar coisas novas, desenvolver, melhorar ainda mais”, continuou o piloto da Mercedes, discordando, porém, da ideia da premiação. “Se for uma sessão que valha pontos ou tenha alguma recompensa, será menos provável experimentar coisas novas”, ponderou.

“É claro que, quanto mais você treina, mais confortável se sente com o carro. Não acho certo que a F1 tenha três vezes mais sessões que F3 e F2. Eles deveriam treinar mais, pois fazem menos corridas e não conseguem testar com tanta frequência”, acrescentou Russell, deixando claro ainda que é contra a exclusão de todas as sessões do final de semana. “Acho que ter atividades na sexta-feira é vital para nós e também para o entretenimento”, completou.

George Russell acredita que um treino bastaria para testar acertos e atualizações (Foto: Giuseppe CACACE / AFP)

Pierre Gasly seguiu a opinião de Russell. “Do ponto de vista da pilotagem, é sempre bom poder trabalhar nos detalhes do carro, tentar acertar o equilíbrio para o fim de semana. Mas, de um modo geral, acho que um, dois, no máximo, é mais que suficiente”, argumentou o francês da Alpine.

Novato na F1 ao lado de Nyck de Vries e Oscar Piastri, Logan Sargeant também defendeu a redução de sessões. “Como novato, não me importo de ter duas ou três [sessões], mas daqui em diante, não acho que três sejam necessários”, frisou.

Nico Hülkenberg, por sua vez, não se mostrou incomodado com o atual formato do final de semana, mas reconheceu que ter um só treino quando corria na base era bom.

“Tudo se resume a sua opinião e preferência pessoal. Acho que temos um bom número de sessões”, opinou. “Pensando no que George disse sobre as categorias de base, gostava bastante na época, ter só 30 minutos, como na F2, e ir para a classificação”, concluiu o alemão da Haas.

Por conta do fuso horário, as atividades da Fórmula 1 em Melbourne começam já nesta quinta-feira (30), com o primeiro treino livre às 22h30 (de Brasília, GMT-3). O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL a etapa da Austrália.

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