Pilotos criticam ausência de safety-car em batida de Sainz e Pérez no Azerbaijão
Carlos Sainz e Sergio Pérez colidiram na volta 50 do GP do Azerbaijão e provocaram apenas um safety-car virtual, que foi acionado após certa demora
O GP do Azerbaijão, realizado no último domingo (15), foi marcado pela forte batida de Sergio Pérez e Carlos Sainz na penúltima volta, quando disputavam a terceira posição. Apesar de ter efetivamente encerrado a corrida precocemente, o acidente não provocou um safety-car de imediato, o que confundiu os pilotos que vinham atrás e viram o resultado da pancada.
De início, a direção de prova apenas ativou uma bandeira amarela no primeiro setor da pista, local onde o acidente ocorreu. Pouco depois, foi acionado o safety-car virtual (VSC), que durou até o final da 51ª e última volta da corrida em Baku.
O primeiro piloto a ver a cena foi Valtteri Bottas, que era retardatário e estava imediatamente atrás dos dois envolvidos na batida. No rádio, o finlandês reportou de imediato a gravidade da situação e detalhou “uma grande pancada na minha frente. Vai ter safety-car”.
Fernando Alonso também passou pela cena pouco depois e relatou uma situação “bem perigosa” para o engenheiro de corrida Chris Cronin, que respondeu: “Entendido. Há muitos detritos por toda parte. Estamos monitorando cuidadosamente a pressão dos pneus”.
Um piloto em particular sentiu que foi prejudicado pelo não acionamento do safety-car. Nico Hülkenberg corria na 11ª posição quando aconteceu a batida, mas, ao invés de ganhar duas colocações e entrar nos pontos, o alemão perdeu posições para Lewis Hamilton e Oliver Bearman depois de ter passado por detritos e desacelerado.
“Para mim, era safety-car certo ou até mesmo uma bandeira vermelha, porque foi uma verdadeira carnificina na reta”, disse o piloto da Haas após cruzar a linha de chegada em 11º.
Bearman, que acabou se beneficiando do acidente e do contratempo de Hülkenberg para terminar a prova em décimo, também não entendeu a demora para o acionamento do safety-car virtual.
“Consegui ultrapassá-lo logo após a bandeira amarela. Não entendo como continuamos em velocidade de corrida e não sob VSC ou safety-car com um acidente desse tamanho e com tantos detritos na pista. Consegui ultrapassá-lo porque o Hamilton subiu por dentro, então consegui uma posição, mas é um pouco estranho terem deixado a corrida sob bandeira verde daquele jeito”, opinou.
Quem também acabou se beneficiando do acidente foi George Russell, que ganhou duas posições, subiu para terceiro e foi ao pódio. No entanto, o inglês também ficou na bronca com a direção de prova após ter encontrado “uma parede de fibra de carbono” à frente.
“Fiquei surpreso que o safety-car não foi acionado mais cedo no fim, aqueles carros poderiam estar em qualquer lugar. Estou feliz que todos estão bem”, disse após a prova.
Agora, a Fórmula 1 volta de 20 a 22 de setembro em Singapura, 18ª etapa da temporada 2024, nas ruas de Marina Bay.
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