Pilotos defendem revisão no peso mínimo da F1: "Alguns de nós não podem emagrecer mais"

Nico Hülkenberg e Jenson Button saíram em defesa de uma revisão no peso mínimo adotado pela F1. Mínimo atual é de 642 kg e deve subir para 690 kg no próximo ano

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Os pilotos da F1 estão em guerra com a balança. Preocupados com o aumento do peso dos carros na próxima temporada e com pouquíssima margem para emagrecer, os competidores começam a pressionar por uma mudança na regra que determina o peso mínimo do conjunto piloto-carro.
 
Hoje a regra determina a marca de 642 kg como peso mínimo, mas com a mudança dos motores no próximo ano – com os V6 turbo assumindo o lugar dos V8 – esse piso será aumentado para 690 kg. Especula-se, entretanto, que os propulsores atuais já pesem mais do que o estipulado para formulação da regra em vigor em 2013.
Hülkenberg espera que tema do peso mínimo seja debatido pela GPDA (Foto: Getty Images)
Na última quarta-feira, a publicação germânica ‘Auto Motor und Sport’ noticiou que a McLaren está reticente em contratar Nico Hülkenberg para a temporada 2014 da F1 por entender que o piloto é muito pesado para o novo bólido do time.
 
Nesta quinta-feira (3), o piloto da Sauber conversou com a imprensa em Yeongam e disse esperar que a GPDA, a associação dos pilotos da F1, debata o tema. Rumores indicam que as equipes estão encontrando dificuldades em atingir a marca de 690 kg, que entrará em vigor no próximo ano. 
 
Hülkenberg, que já enfrentou problemas na carreira por conta de seu peso e altura, ressaltou que não tem muito que ele possa fazer a respeito e se mostrou confiante de que o debate sobre o tema será levado adiante.
 
“Acho que teve uma situação similar em 2009, quando o kers foi introduzido e os pilotos tiveram de perder muito peso”, lembrou Hülkenberg. “Infelizmente, sou o que sou – eu sou alto e, portanto, mais pesado, mas não tão pesado como alguns outros pilotos”, continuou. 
 
“Não controlo isso, mas, talvez, em termos de regulamento, você possa aumentar um pouco o peso para ser mais justo com os níveis diferentes de peso. Você pode, realmente, conseguir uma vantagem com a sua distribuição de peso se você é 10-15 kg mais leve”, opinou Nico.
 
Questionado pela revista britânica ‘Autosport’ se ele achava que este era um assunto que deveria ser debatido pela GPDA, Nico respondeu: “Acho que isso vai aparecer… Tenho certeza que vai”, completou.
 
Diretor da associação, Jenson Button afirmou que o tema precisa ser analisado. Com 74 kg, o britânico também teve problemas este ano por conta do peso.
 
“É um grande problema e nós não sabemos o quão ruim será no próximo ano, mas será bem complicado”, reconheceu. “Todo anos nós começamos com lastro e ao longo do ano, por conta das partes que são colocadas no carro, o carro fica mais pesado.”
Button destacou que alguns pilotos não têm mais como perder peso (Foto: Getty Images)
“No entanto, no início do próximo ano nem todas as equipes terão de usar lastro no carro e isso vai ficar pior ao longo da temporada”, opinou. “Isso afeta o piloto mais pesado e é muito injusto dizer para perder peso, pois alguns de nós não podem perder mais”, continuou Jenson.
 
“Você precisa ter pele nos seus ossos e um pouco de músculo para guiar um carro de F1, então é injusto”, reforçou. “Não vejo motivo para que não possam aumentar o peso mínimo em 10 kg”, declarou. 
 
“Isso não iria penalizar metade do grid na próxima temporada. É uma das coisas mais simples de acertar – e poderia salvar a carreira de um piloto ou fazer a carreira de um piloto. É certamente algo pelo que vale lutar”, concluiu. 
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