Pilotos sugerem revisão em sistema de pontos da FIA após punição “severa” a Magnussen
Enquanto Yuki Tsunoda avaliou que o sistema de punições por ponto é “meio rigoroso”, George Russell defendeu que a Fórmula 1 precisa dar exemplo para as classes menores. Todos concordam, porém, que o incidente de Kevin Magnussen e Pierre Gasly em Monza foi punido de forma severa
A suspensão de Kevin Magnussen segue dando o que falar. Muitos pilotos da Fórmula 1 concordaram que a sanção pelo incidente com Pierre Gasly em Monza foi severa, mas nem todos são totalmente contrários ao sistema de pontos de punição.
Na prova da Itália, os comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) deram dois pontos de punição a Magnussen por causa de um incidente com Gasly. Como resultado, o piloto da Haas chegou a 12 pontos no carnê, o que significa uma suspensão de uma corrida.
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Companheiro de Haas, Nico Hülkenberg saiu em defesa do dinamarquês e avaliou que a punição foi rigorosa demais para o tamanho do incidente. O próprio Gasly, aliás, considerou o desfecho do caso “injusto”.
Chefe da Haas, Ayao Komatsu concordou que é preciso questionar se pontuação aplicada em Monza foi correta.
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“Acho que, de acordo com a diretriz de punições, a punição que foi dada naquele incidente em particular, não posso realmente concordar”, disse Komatsu.
Yuki Tsunoda, que esteve perto de uma suspensão em 2022, por outro lado, avaliou que o regulamento é muito restritivo com 12 pontos de punição para uma temporada de 24 corridas. Além disso, o japonês considera que infrações como violações ao limite de pista deveriam passar ilesas de pontuação.
“Estive nessa situação, quase fui banido há dois anos”, recordou Tsunoda. “Se entendi corretamente, os pontos de punição não mudaram desde que introduziram o limite que podemos atingir. Acho que os pontos de punição tinham de ser um pouco mais flexíveis. Ainda parece meio rigoroso para 24 corridas, mas, ao mesmo tempo, acho que tinham de fazer isso [suspender Magnussen]”, acrescentou.
“Se os limites de pista recebem pontos de punição, então é demais. Você recebe punição o suficiente no resultado da corrida”, avaliou. “Não acho que seja necessário dar pontos de punição, mas, para colisão, como é agora, acho bom ter, mas, certamente, caso a caso. Mas, além disso, parece ser caso a caso, pois em alguns dos casos, eles dão ao piloto um ponto ao invés de dois, depende da situação”, encerrou.
George Russell concordou que, para o incidente de Monza em si, a punição foi severa, mas contrariou Tsunoda e considerou que os pilotos mais “erráticos” precisam ser punidos com mais severidade, já que ninguém tinha sido suspenso em 12 anos. O britânico também mostrou preocupação com o exemplo que é dado a pilotos mais jovens.
“É uma conversa que tivemos várias vezes nos anos anteriores, já que os pilotos andam na corda bamba. Ninguém foi suspenso em 12 anos, então podemos dizer que os pontos de punição são de fato duros o bastante? Podemos dizer que, com certeza, os pontos que ele recebeu em Monza parecem um pouco duros demais, mas também podemos dizer que alguns outros incidentes talvez não tenham sido duros o bastante”, ponderou. “Acho que também precisamos meio que criar um precedente para as categorias menores. Esses caras de F4, F3, F2, olham para nós e você não pode passar ileso de uma pilotagem perigosa ou errática e, em algum momento, você precisa ser punido por isso”, encerrou.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP do Azerbaijão de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (13), o treino livre 1 acontece às 6h30 (de Brasília, GMT-3), enquanto a segunda sessão está marcada para as 10h. No sábado (14), o TL3 abre o dia às 5h30, ao passo que a classificação será às 9h. Por fim, no domingo (15), os pilotos disputam a corrida em Monza a partir das 8h.
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