Pirelli admite falta de respostas para cuidado excessivo dos pilotos com pneus no GP de Singapura

A Pirelli desenvolveu pneus mais macios com a intenção de melhorar o ritmo de corrida, mas o que se viu em Singapura foi o contrário – pilotos pouparam ao máximo para fazer uma única parada. Mario Isola, dirigente da fábrica, trabalhar para achar soluções

Dias após o GP de Singapura do último fim de semana, a Pirelli se vê com um problema ainda sem solução. A fábrica ainda não entendeu ao certo o motivo por trás da cautela excessiva dos pilotos com os pneus em Marina Bay, que significou um ritmo de corrida bastante abaixo do esperado.
 
Para cumprir a estratégia de apenas uma parada, norma na corrida da semana passada, os ponteiros evitaram forçar muito o ritmo. Prova disso é que a volta mais rápida no domingo em Marina Bay foi de Kevin Magnussen com a mediana Haas após adotar uma estratégia emergencial de duas paradas.
 
“Isso é algo que a gente precisa discutir”, disse Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, entrevistado pelo site ‘Motorsport.com’. “Com a experiência e os dados coletados nesse ano, agora a gente tem uma noção melhor da abordagem das equipes. Vai ser bom para entender qual a melhor direção para o futuro. Essas são considerações que vão nos ajudar a melhorar a situação no próximo ano. Eu não tenho uma solução agora, mas é importante entender o que aconteceu, e não só seguir em frente sem olhar para trás”, continuou.
Os pneus da Pirelli voltam a ser o centro de uma discussão (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

A Pirelli começou a desenvolver pneus mais macios com a ideia de melhorar o ritmo dos pilotos nas corridas. Com tal solução não se mostrando tão eficiente, Isola precisa buscar novos planos.

 
“O risco é que a gente siga com pneus cada vez mais macios, cada vez mais degradação, e isso só resulte em pilotos cada vez cuidando mais dos pneus”, explicou. “É algo que a gente precisa avaliar. Esse ano fomos agressivos com os hipermacios, fomos agressivos em outras pistas, e já vimos algumas vezes que o ritmo de corrida não está no nível correto porque eles [pilotos] precisam administrar a degradação”, encerrou.
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