Pole põe Verstappen favorito. Mas Interlagos deve entregar mais

Max Verstappen se mostrou disposto a terminar o que começou no ano passado. Com um carro muito bem acertado em Interlagos, o holandês larga favorito, mas não está só. Sebastian Vettel, na segunda colocação, é ameaça e até a Mercedes, apesar da preocupação com o clima e a performance dos pneus, não pode ser descartada. A borracha deve desempenhar também um papel essencial

Max Verstappen e a Red Bull colocaram uma pulguinha atrás da orelha de Ferrari e Mercedes no sábado de classificação da F1 em Interlagos. Isso porque a equipe austríaca foi capaz de colocar na pista paulistana um carro bem acertado e velocíssimo no segundo setor, ajudado por atualizações na parte dianteira. Assim, o holandês não deu chances a ninguém, sendo o mais rápido quando foi para valer mesmo. Na fase final e decisiva, Max virou 1min07s508, 0s123 melhor que Sebastian Vettel e 0s191 que Lewis Hamilton. Verstappen, portanto, larga com o favoritismo ao seu lado no GP do Brasil. 
 
“O carro esteve muito bom”, disse Verstappen. “A temperatura da pista foi um pouco desafiadora, então tivemos de nos ajustar a isso. O carro estava incrível no Q1 e muito prazeroso de se pilotar”, seguiu.
 
“Hoje nós mudamos o carro um pouco em relação a ontem, e ele ganhou vida na classificação. Mexemos no acerto e no Q2 já estava muito bom. A última volta [do Q3] foi bem decente. Sempre pode ser melhor, mas foi bom o suficiente", completou.
Max Verstappen (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Só que a corrida paulista tem mais a oferecer. Ainda falando do bloco da frente, a Ferrari voltou a ter a melhor velocidade de reta e era, de fato, favorita à pole, tanto que Charles Leclerc quase a conquistou, não fosse um erro na primeira tentativa de volta rápida. Ainda assim, Vettel obteve um importante segundo lugar, que pode tornar a vida de Verstappen mais difícil, se repetir a largada que teve em 2017, quando superou o pole Valtteri Bottas logo nos primeiros metros.
 
É bem verdade que a Ferrari não tem o mesmo ritmo de corrida de Red Bull e Mercedes, mas saindo na frente a história pode ser bem diferente. Ainda mais em uma corrida em que o comportamento dos pneus será tão essencial. Os carros vermelhos não tiveram problemas com desgaste ao longo do fim de semana, e isso será interessante de acompanhar, especialmente no que diz respeito à estratégia de Leclerc, que parte de pneus médios da 14ª posição, devido à punição.
 
"Temos que dizer que fomos superados de forma justa hoje. Foi um pouco surpreendente ver a Red Bull tão rápida. Sabemos que o nosso carro é melhor em ritmo de classificação que no de corrida. Mas vamos ver o que acontece amanhã. Tanto a Red Bull quanto a Mercedes parecem melhores para administrar os pneus. Nós temos velocidade e potência, então estou cuidadosamente otimista", afirmou Vettel após a classificação.
 
A incógnita mesmo é a Mercedes. A equipe alemã tentou um procedimento diferente de aquecimento de pneus – abdicou das mantas térmicas no TL3 e nas primeiras fases da classificação –, mas não deu certo. O time seguiu tendo problemas de temperatura dos compostos, especialmente os macios. Então, embora realmente tenha um ritmo melhor de corrida, ainda que pese o clima mais frio da sexta-feira de treinos livres, a esquadra prata tem algum trabalho até a prova de amanhã, muito mais por conta da previsão de uma considerável elevação da temperatura de pista, que deve passar dos 50ºC.
Lewis Hamilton (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Por isso, a corrida brasileira da F1 terá grande influência da estratégia. A Pirelli fala em uma prova de uma única parada, com o primeiro stint feito com pneus macios e o segundo com pneus duros. Ou um trecho mais longe com os compostos vermelhos e uma parte final com os médios. O clima, portanto, será um fator importante. 
 
A Mercedes, por exemplo, já cogita uma corrida de mais de um pit-stop. "Parece que teremos um clima mais quente amanhã e essa não é uma pista tão fácil para os pneus", disse James Allison, o diretor-técnico do time prata. "Então, podemos esperar uma prova interessante em que será necessário cuidar bem dos pneus, tentando tomar a melhor decisão entre um ou dois pit-stops. Nós tivemos um bom ritmo de corrida na sexta-feira, mas estava mais frio, por isso agora não temos um bom indicador do que pode acontecer amanhã", explicou.
 
Diante desse cenário, o GP do Brasil, embora tenha um favorito, tem um quê de imprevisibilidade. 
 

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