Polícia do Bahrein diz que frustrou ataques em massa durante fim de semana do GP de F1

Em meio à situação de insegurança e aos constantes protestos que acontecem no Bahrein desde 2011, a polícia local informou que encontrou esconderijos cheios de armamentos nos dias em que a F1 esteve no país árabe

A preocupação com a segurança demonstrada por muita gente que estava em Sakhir na última semana para o GP do Bahrein de F1 não foi à toa. Passada a quarta etapa do Mundial de 2013, vencida por Sebastian Vettel, a polícia local informou que apreendeu uma enorme quantidade de armas e bombas junto a manifestantes xiitas, que protestam contra a monarquia barenita e sempre se mostraram contrários à ida da F1 ao país.

Nas palavras do Major Tariq Al-Hassan, chefe de segurança pública, à agência de notícias nacional ‘BNA’, as forças de segurança do Bahrein “frustraram um número de ameaças terroristas que planejavam afetar a vida normal… afetar a reputação da nação e cometer atos terroristas contra policiais”.

Manifestantes lutam por reforma política do Bahrein (Foto: Getty Images)

Segundo a agência ‘Reuters’, testemunhas afirmaram que não havia sinais de protestos nos arredores do circuito de Sakhir, mas muitos levantes aconteceram em vilarejos próximos à capital Manama. Esses atos se intensificaram na noite de sábado, horas antes do GP do Bahrein.

Ainda de acordo com Al-Hassan, foram encontrados diversos esconderijos que continham cerca de 1000 coquetéis molotov, 19 bombas falsas, munição e armas caseiras. Além disso, confirmou que a polícia precisou controlar revoltas, incluindo “atos de caos e destruição” em uma escola secundária, perto da qual estudantes bloquearam ruas e atacaram carros, pedestres e policiais.

Esse incidente está gerando uma polêmica envolvendo os defensores dos direitos humanos. “A polícia, em momento algum, invadiu ou atacou a escola”, assegurou Al-Hassan. Sayed Yousif al-Muhafda, representante do Centro Barenita para os Direitos Humanos, relatou uma versão contrária. No domingo, ele disse que a polícia usou gás lacrimogênio para acalmar a situação.

Nesta terça, Muhafda afirmou que mais de 50 ativistas favoráveis à democracia foram presos nos dias que antecederam a corrida da F1. O governo barenita nega.

Os manifestantes xiitas não concordam com a realização do GP do Bahrein e acusam o governo, sunita, de usar a corrida para passar uma falsa impressão de bem-estar social, desenvolvimento e tranquilidade.

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