Por falta de plano contra tráfico humano, Texas reprova repasse de R$ 100 milhões ao GP dos EUA

O GP dos EUA, disputado no Circuito das Américas desde 2012, sofreu um baque nesta semana: o repasse de verba feito pelo Estado do Texas, fator considerado fundamental para a existência da corrida de F1 na cidade de Austin, foi reprovado nesta semana. E o motivo é forte: a falta de um plano contra tráfico humano.

Considerado um fator fundamental para que Austin pidesse receber o GP dos EUA por Bernie Ecclestone, então chefe da F1 em 2012, a verba que seria de US$ 25 milhões, cerca de R$ 100 milhões, foi bloqueada. Ela é sempre paga meses após o GP – mas o dinheiro relativo à prova de 2018 ainda não foi pago.

Segundo o porta-voz do governo do Texas, "a lei é clara e diz que se um plano contra tráfico humano não for registrado até 30 dias antes de um evento (o que não foi cumprido para a F1, mas sim para a MotoGP e para a Indy, por exemplo), o repasse da verba não pode ser feito."

O repasse do dinheiro é feito desta forma para que ele venha do fluxo de caixa ocorrido durante a semana do GP, e não diretamente de impostos pagos pelo cidadãos locais, e tem relação com o combate à prostituição.

Este seria o primeiro ano que a verba chegaria a US$ 25 milhões: anteriormente, era de US$ 20 milhões.

Segundo Rick Abbott, vice-presidente executivo do Circuito das Américas, como o valor de 2017 não foi pago até 10 meses após a corrida, ainda há esperança de que se reverta a situação.

Segundo a administração do circuito, isso não significa risco ao GP dos EUA de 2019, já que os acertos para o próximo repasse são independentes, mas deve prejudicar financeramente o local.

Em 2018, o GP dos EUA foi vencido por Kimi Räikkönen, então na Ferrari, após quatro triunfos seguidos de Lewis Hamilton. Das sete corridas feitas lá desde 2012, o britâncio venceu cinco – só Sebastian Vettel se junta ao finlandês entre os que evitaram novas vitórias de Hamilton.