Por maior destaque da velocidade dos carros, F1 reavalia “todas as posições de câmera” para TV

Dean Locke, diretor de TV e mídias da F1, afirmou que há um projeto em curso para destar cada vez mais a velocidade e o downforce dos carros durante as transmissões para a TV. Segundo ele, mudanças de áudio são contínuas nos últimos anos e novos gráficos estão sendo preparados

As transmissões de TV da F1 vão estar diferentes em 2019 comparadas ao que se viu recentemente. De acordo com o diretor de TV e mídia do Mundial, Dean Locke, a busca para a temporada vindoura é enfatizar cada vez mais a velocidade e o downforce dos bólidos da F1. 
 
O maior desafio, segundo Locke, é passar grande parte do tempo da transmissão de TV destacando a forma como os carros são velozes, algo que atualmente aparece mais em 'takes' específicos durante as corridas e treinos.
 
"Há um grande esforço para que em 2019 nós consigamos refletir a velocidade do esporte e o ritmo dos carros. Repensamos todas as posições de câmeras. Se você está na arquibancada e assiste os carros, eles parecem incríveis, não?", questionou. "Ângulos e lentes de câmeras podem enganar muito e fazer com que não aparentem ser tão dramáticos e rápidos", apontou em entrevista à revista inglesa 'Autosport'.
 
"Avaliamos diferentes formas de fazermos isso, alguns truques. Sempre fomos bons para algumas formas de mostrar a alta velocidade dos carros, fazer com que pareçam mais no limite. Em algumas pistas no ano passado – Japão, por exemplo – conseguimos mostrar bem o quão bons são esses carros", afirmou.
Gráfico da F1 mostra evolução dos setores divididos em vários trechos (Foto: Reprodução)

Outra questão de trabalho e preocupação contínua é o áudio. Desde que os motores híbridos V6 turbo foram adotados, ainda em 2014, há uma discussão sobre o som feito pelos carros e como pode ser reproduzido de forma otimizada pela TV. Locke avalia que, ao menos no quesito áudio, a transmissão já é totalmente diferente ao que era há cinco anos.

 
"O áudio mudou dramaticamente. Fizemos muito mais ao redor do carros e nos carros. É um sucesso, mas em algumas pistas fica melhor que em outras. Os motores da Honda tiveram um som bem legal ano passado. Fizemos coisas bem divertidas com isso", argumentou.
 
Por fim, Locke falou sobre a nova parceria com a Amazon Web Services e de como está a avaliação para que novos dados possam ser trazidos em gráficos no futuro próximo.  
 
"Estamos trabalhando muito com a AWS e sua tecnologia com capacidade de fazer leituras para explicar coisas como saída de frente e de traseira. Estamos usando a plataforma para que nos dê informação e dados para gráficos. É uma ferramente maravilhosa na qual estamos pegando agora", falou.
 

"Por exemplo, a estratégia do pit-stop – por que o piloto entrou, por que não entrou? Atualmente confiamos que a equipe de comentaristas explique isso. Na Inglaterra, temos sorte da equipe [de narradores e comentaristas] ser boa o bastante, mas não podemos definir que temos isso em mais de 200 territórios com mais de 90 transmissões diferentes", explicou.

 
"Temos gráficos que podemos explicar: 'Ele começou com aqueles pneus, vai parar na volta tal'. Podemos fazer isso enquanto tornamos tudo mais dinâmico, porque se o safety-car virtual for chamado, por exemplo, ele anula tudo isso. Estamos usando dados de sexta-feira e sábado para criar um algoritmo do que pensamos que vai acontecer. Se pudermos explicar isso de maneira simples e fácil de entender, será uma grande vitória", encerrou.  

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