Por nova regra de peso dos pilotos, Hamilton diz que vai ser “um atleta diferente” em 2019

As mudanças da F1 para 2019 vão incluir um limite separado de peso para os pilotos e pretende acabar com as dietas radicais dentro das equipes. Para Lewis Hamilton, será uma oportunidade para estar diferente no ano que vem: na saúde e na forma física

Lewis Hamilton acredita que será um “atleta diferente” em 2019. Isso porque a partir do ano que vem os pilotos terão uma cota de 80 kg reservados apenas para seu peso no carro, o que deve ajudar a evitar dietas excessivas e perdas de peso não-saudáveis para se adaptar ao cockpit. Para Hamilton, a mudança vai ser benéfica para a saúde do grid, assim como para fortalecer a sua própria forma física.
 
Atualmente, o peso do atleta é incluído no limite total do carro, que é de 734 kg, o que impõe uma situação de balanceamento dos equipamentos. Se a equipe quer utilizar um lastro para mudar alguma performance, geralmente cai na conta do piloto, que precisa compensar no corpo para não infringir o regulamento. Nesses casos, quanto mais alto o piloto, por exemplo, maior a desvantagem, justamente pelo peso que este agrega ao carro. 
 
Com a mudança, essa questão deixa de se tornar um problema para se aliar a uma melhor condição de saúde para os pilotos, sem dietas agressivas ou treinamentos intensos para sempre buscar um peso menor. O próprio inglês admitiu que seu último título foi parcialmente mérito da alimentação a base de vegetais que implementou no ano passado, resultando na perda de massa e em maiores modificações no carro.
Lewis Hamilton acredita em mudança na forma física com novas regras para 2019 (Foto: AFP)
Agora, o objetivo de Hamilton é mudar sua forma de treino físico e visar outros ganhos além do emagrecimento.
 
“Eu devo ser um atleta diferente no próximo ano, estou animado com isso. Eu não vejo minha alimentação saudável mudando, geralmente gosto de comer bem. Mas para me sentir mais confortável é preciso ser um pouco mais pesado do que eu sou, e todos os anos todos os pilotos, especialmente os mais altos, estão sob maior pressão para ficarem mais magros e sem saúde”, afirmou. 
 
“A regra está mudando, o que acho legal. Estou animado para comer, aumentar minha ingestão. Posso ser um pouco mais pesado no ano que vem, posso ser muito mais forte. Eu ainda quero ser rápido, preciso e responsivo. Muitas vezes, se você é grande e volumoso, isso não significa que você é mais rápido. E o peso acima é um centro de gravidade mais alto, que eu não quero aumentar", adicionou.
 
O que não muda para o ano que vem é a possibilidade de adicionar lastros para alterar pontos de performance no carro. As equipes de pilotos mais leves podem fazer uso do peso para completar o valor liberado. Mas, com um espaço dentro dos 80 kg permitidos, o impacto deve ser bem menor – os pilotos costumam pesar entre 60 kg e 70 kg. 
 
Em um post no Instagram, Hamilton se autodenominou “um pouco gordinho”, entre os GPs da Alemanha e da Hungria. Segundo o piloto, a declaração foi uma tentativa de ser “mais aberto” e um exemplo de que todos os pilotos precisam se sentir autoconscientes. 
 
"O que eu acho que demonstra é que, particularmente nas mídias sociais, isso é um problema que o mundo tem, todos nós vemos as pessoas no centro das atenções olhando de uma certa maneira. Porque eles têm um filtro, você não consegue uma verdadeira representação ou sentimento de quem é essa pessoa. Eu acordo às vezes e, definitivamente, tenho minhas inseguranças. Há certas coisas sobre as quais tenho inseguranças, assim como tenho certeza de que cada pessoa aqui tem também", encerrou. 
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