Por pandemia, Haas “questiona continuidade” e trabalha com rivais por soluções

Sem campeonato no primeiro semestre, a Haas fica também sem importante fonte de renda. O chefe Guenther Steiner é otimista, mas reconhece que o momento é de reflexão sobre formas de levar a equipe de Fórmula 1 adiante

A pandemia do coronavírus tem potencial para instaurar uma crise de grande proporções na Fórmula 1. Sem corridas ao menos no primeiro semestre, categoria e equipes perdem uma fonte de renda valiosa. Isso é um problema particularmente grande para equipes menores, que já não contam com orçamento tão generoso. Prova disso é a Haas, que voltou a falar em dúvidas sobre a permanência na F1 e pediu trabalho conjunto de escuderias na busca por uma luz no fim do túnel.
 
"A gente se questiona sobre a continuidade [da Haas], mas eu sou da opinião de que você precisa encarar problemas sempre de forma positiva”, disse Guenther Steiner, chefe da Haas, em entrevista à revista alemã ‘Auto Motor und Sport’. “Um problema sempre traz, por outro lado, novas possibilidades. Se nós todos trabalharmos juntos, todas as dez equipes do mesmo lado, talvez saiamos dessa situação até melhor do que antes. Isso vale tanto para o esporte quanto para nossos funcionários", seguiu.
 
A permanência da Haas na F1 já era posta em xeque antes mesmo da crise do coronavírus. O dono Gene Haas já falava abertamente que uma nova temporada de resultados ruins poderia ser a pá de cal sobre o projeto americano. Agora, com a questão financeira mais em evidência, a mudança é que um trabalho conjunto se torna necessário para assegurar a sobrevivência de todos no grid.
A Haas tenta seguir em frente na Fórmula 1 (Foto: Pirelli)
Uma alternativa é tornar o teto orçamentário de 2021 mais restrito, indo aquém até mesmo do limite original de US$ 175 milhões, ou R$ 881 milhões.
 
"Precisamos checar onde podemos economizar dinheiro. Estamos em uma situação que não podemos mudar. Nós precisamos encarar isso de forma realista. Nós recebemos menos dinheiro, mas queremos seguir operando. Precisamos entrar em acordo a respeito de cortes, que talvez possam tornar o esporte mais interessante no futuro, que nos deixem todos mais próximos [em termos de performance]. Não devemos olhar o lado negativo, e, sim, o positivo. Acredito que o objetivo principal de todos é ter as dez equipes começando o próximo ano em Melbourne", destacou.
 
Enquanto equipes focam em fechar contas e não entrar em colapso financeiro, a cúpula da F1 tenta assegurar uma temporada 2020. A previsão atual, após o adiamento também do GP do Azerbaijão, é de que o campeonato se inicie em meados de junho com o GP do Canadá.
 
COMO SE PREVENIR DO CORONAVÍRUS:
 

☞ Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.
☞ Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.
☞ Evite aglomerações se estiver doente.
☞ Mantenha os ambientes bem ventilados.
☞ Não compartilhe objetos pessoais.


 
Paddockast #53
TÉO JOSÉ – O HOMEM QUE 'NÃO PERDE MAIS'

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