Por que FIA decidiu proibir frenagem assimétrica em meio à temporada da F1 2024

O ajuste feito pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no artigo 11.1.2 do Regulamento Técnico, proibindo qualquer sistema de frenagem assimétrica a partir do GP dos Países Baixos, gerou uma série de especulações de que uma ou mais equipes do grid estivessem utilizando este tipo de sistema na temporada atual. No entanto, de acordo com o portal inglês Autosport, a alteração não está relacionada a isso, mas a uma tentativa de esclarecer o regulamento para os próximos anos.

O texto atualizado do artigo 11.1.2 agora diz que “qualquer sistema ou mecanismo que possa produzir frenagem estrutural ou deliberadamente assimétrica para qualquer eixo é proibido”. A alteração foi oficialmente aprovada pelo Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA em 31 de julho.

Assim que a notícia surgiu, especulações de que a proibição estaria relacionada à queda de rendimento da Red Bull após o GP de Miami também apareceram. O site inglês, entretanto, informou que uma fonte junto à FIA garantiu: “Não é verdade que alguma equipe estivesse usando um sistema do tipo”.

A mudança feita pela FIA no artigo 11.1.2 foi uma forma de suplementar o texto original, que diz que as forças aplicadas nas pastilhas de freio precisam ser iguais nas pinças situadas nos dois lados. Assim, a regra já tornaria qualquer sistema de frenagem assimétrica ilegal, mas a FIA decidiu pela mudança como parte de um esforço para tornar o conjunto de regras de 2026 mais claro.

Enquanto as regras da próxima geração da Fórmula 1 são debatidas, a FIA seguiu um pedido das equipes para que o regulamento fosse claro, com o objetivo de evitar explorações de áreas cinzentas. Assim, a entidade decidiu se antecipar e adicionou a alteração no conjunto de regras de 2024 e 2025.

Como funciona

O sistema assimétrico tem como objetivo auxiliar o piloto no controle do carro, além de ajudar na economia do desgaste dos pneus e gerar uma reaceleração mais linear. Para isso, a força de frenagem aplicada nas pinças é maior em uma das rodas de trás, o que aumenta a velocidade ao mesmo tempo em que evita a subviragem.

No caso de uma curva para a esquerda, por exemplo, o sistema alivia a pressão na roda traseira direita (a que fica por fora, o que significa que sofre mais desgaste) e aumenta a pressão na roda traseira esquerda. Nas curvas para a direita, acontece exatamente o contrário.

A Fórmula 1 volta às pistas neste fim de semana, entre os dias 23 e 25 de agosto, para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

 Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.