Quase seis meses após a aprovação do projeto na Câmara Municipal, a Prefeitura de São Paulo apresentou, nesta quarta-feira (6), o edital da concessão do complexo de Interlagos, que envolve o autódromo e o kartódromo. O vencedor da concessão ficará responsável pela área nos próximos 35 anos.
Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, não esteve no evento, internado há duas semanas no Hospital Sírio-Libanês, mas mandou um vídeo em que diz que a publicação da concessão – que deve acontecer já nesta quinta-feira (7) – é passo fundamental para garantir a continuidade da prova na capital paulista. São Paulo,
afinal, só tem contrato com a F1 até 2020. "É mais um passo importante para que a gente possa garantir a continuidade do grande prêmio aqui na cidade de São Paulo", disse Covas.
“A cidade de São Paulo terá um benefício financeiro que passa de R$ 1 bilhão, entre deixar de cuidar daquele espaço, o investimento que vai ser feito e o tributo que será recolhido, fora que a Prefeitura poderá aplicar o recurso e a sua atenção em atividades essenciais, como educação, saúde, segurança e transporte”, completou.
A concessão de Interlagos tenta também garantir o GP do Brasil em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Entre os principais pontos do edital, estão a obrigatoriedade do complexo ser multiuso, com equipamentos de cultura e lazer e, eventualmente, a construção de shopping, hotel e outros pontos comerciais. Além disso, consta que a Prefeitura deve ter 80 dias reservados para uso de seus eventos, com o GP do Brasil incluído na conta. No período dos 35 anos concessão, a administração estima arrecadar R$ 992 milhões.
A futura concessionária também vai ficar responsável pela parte de manutenção, por sistemas hidráulicos, de esgoto e elétricos da região. Outro ponto citado é o da segurança, que foi tema recorrente nas últimas edições da prova, com instalações de um novo sistema de câmeras e de central de controle.
“A concessão do autódromo não interfere na nossa negociação com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), até porque, se não houver concessão, a Prefeitura continua administrando o autódromo, como há muitos anos, inclusive com investimentos significativos que foram feitos”, segundo o Secretário do Governo Municipal Mauro Ricardo Machado Costa.
O GP do Brasil é o que mais movimenta dinheiro no município (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Os interessados terão 60 dias para enviar as propostas, com o resultado previsto para sair em 8 de janeiro do ano que vem. A empresa que oferecer o maior valor de outorga será declarada a vencedora, ficando responsável por reformas, manutenção, operação e exploração da área.
Até setembro,
de acordo com o site 'Olhar Olímpico', eram cinco propostas, sendo três de empresas ligadas a administração de equipamentos e eventos esportivos: RNGD Consultoria e Negócios (responsável pela administração da Arena BSB), WPR Participações LTDA (WTorre) e T4F Entretenimento (Time For Fun); de uma empresa desconhecida, chamada ‘Acelera BR’; e do grupo Interlagos Hoje.
O GP do Brasil acontece desde 1990 em São Paulo e movimentou R$ 334 milhões em 2018, o que representou um crescimento de 20% em relação à edição anterior. O valor é superior a eventos como, por exemplo, o carnaval no Anhembi, a parada LGBT e o réveillon.
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