Preocupadas com regras da F1, McLaren, Mercedes e mais cinco equipes enviam carta à FIA

O clima não está tão amistoso entre as equipes e a FIA. A discordância entre os lados envolve redução da participação dos times na Comissão da F1, aumento nas taxas de inscrição e a falta de um acordo para a redução de gastos da categoria

Uma nova guerra pode estar prestes a eclodir nos bastidores da F1. De acordo com a revista inglesa ‘Autosport’, McLaren, Mercedes, Force India, Sauber, Caterham, Marussia e HRT enviaram à FIA uma carta demonstrando sua insatisfação com relação a temas discutidos recentemente. Dentre estes temas estão a diminuição do poder que as equipes tem na categoria e o aumento das taxas pagas pelos times.

A publicação teve acesso a uma cópia da carta assinada pelos times e revelou que uma das principais preocupações diz respeito à redução das vagas preenchidas pelos construtores na Comissão da F1. Atualmente, 12 dos 18 membros pertencem aos times. A ideia da FIA seria reduzir este número pela metade.

A Ferrari não foi uma das equipes que assinou o documento enviado a Todt (Foto: Ferrari/ Ercole Colombo)

“As equipes aceitam que a composição e a operação da Comissão da F1 sejam revisadas, mas não deseja perder tanta autoridade assim”, afirma a carta. “As equipes estão preocupadas com a redução da participação de doze times para apenas seis. A manutenção do ‘status quo’ é a melhor opção”, defendem os protestantes.

Outro delicado ponto proposto é o porquê de a FIA aumentar drasticamente as taxas de inscrição para a temporada de 2013. “Em um tempo em que a FIA e as equipes estão ativamente engajadas no controle dos gastos, as equipes gostariam de ressaltar sua preocupação com um aumento tão significativo”, dizem os times. “Além disso, as taxas pagas por pilotos e equipes para a obtenção da superlicença deveriam ser mantidas separadas, e não unidas”, continuam.

Sobre o acordo de restrição de gastos (RRA) – que já foi alvo de uma enorme polêmica em 2009, quando o então presidente da FIA Max Mosley tentou estabelecer um teto orçamentário – as equipes estão insatisfeitas com sua introdução já em 2013. O motivo é a falta de unânimidade dentre os construtores.

“É do nosso entedimento que dez das atuais equipes do grid votaram a favor da implantação do acordo de restrição de gastos com o chassi proposto pela FIA em 2013, e que o apoio foi unânime no que se refere a chassis e motores para 2014. Sob essas circunstâncias, gostaríamos de apoiar a introdução do programa completo de redução de gastos da FIA para 2014, com um programa voluntário para 2014”, completam.

Vale lembrar que a Mercedes, uma das grandes a assinar a carta, ainda não aderiu ao Pacto de Concórdia que será válido a partir do ano que vem. Especula-se que o motivo que atrasa a assinatura da montadora germânica sejam as discordâncias com a FIA. Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria, chegou, inclusive, a sugerir que o regulamento-técnico da F1 passasse a ser gerido pelas equipes.

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