Presidente chama declarações de Ecclestone de “puro disparate” e rebate: “A Ferrari também fez muito pela F1”

Presidente da Ferrari, Sergio Marchionne foi rápido ao rebater as declarações de Bernie Ecclestone, que afirmou que atuou junto com a FIA para ajudar a escuderia italiana. Dirigente lembrou que a esquadra de Maranello fez muito pela F1 e afirmou que o ex-chefão da categoria deveria ser grato à marca vermelha por ter tido a chance de comandar o Mundial

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Presidente da Ferrari, Sergio Marchionne não gostou nada das declarações feitas por Bernie Ecclestone na semana passada. O ex-chefão da F1 afirmou que atuou ao lado de Max Mosley, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para ajudar a escuderia de Maranello.
 
Em entrevista ao jornal italiano ‘la Repubblica’, Ecclestone afirmou que os benefícios à Ferrari foram feitos apenas no espectro técnico e descartou a influência do atual diretor de corridas Charlie Whiting.
Sergio Marchionne não gostou nada das declarações de Ecclestone (Foto: Getty Images)

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"A F1 é a Ferrari e a Ferrari é a F1. Ajudar a Ferrari sempre foi a coisa mais inteligente a se fazer”, comentou o britânico. “Sempre foi feito pelo regulamento técnico. As equipes são importantes para a F1, mas a Ferrari é mais. Muitas coisas foram feitas nestes anos que ajudaram a Ferrari a vencer", declarou.
 
Questionado se essa ajuda a Ferrari envolvia Whiting, Ecclestone negou e contou que isso sempre foi responsabilidade de Mosley.
 
“Ele geralmente ajudava a Ferrari, e eu também queria que eles vencessem. Tem temporadas que são vencidas pelas outras, mas até mesmo elas têm interesse em ganhar de uma Ferrari competitiva. Uma coisa é ganhar de uma Sauber e outra é ganhar de um carro vermelho", comentou.
 
O presidente da Ferrari, porém, classificou as declarações de Ecclestone como “puro disparate” e afirmou que a escuderia de Maranello também fez muito pela F1.
 
“Acho que o nome disse é puro disparate”, declarou Marchionne. “Acho que Bernie tem de agradecer a Ferrari por dar a ele a chance de comandar a F1 e, graças à nossa assistência, se tornar bilionário. Que Deus o abençoe. Ele fez muito por este esporte, mas a Ferrari também fez muito pela F1”, seguiu.
 
Marchionne aproveitou, também, para se dirigir a Chase Carey, sucessor de Ecclestone no comando da F1, e garantiu que a F1 não vai se comprometer com o Mundial após a temporada 2020 se não concordar com os rumos do esporte.
 
“Se fizermos bem as coisas, estou disposto a conversar sobre tudo”, comentou Marchionne. “Mas se começarmos a tornar a F1 apenas em um acordo de negócios barato, não estou interessado”, disparou.
 
“Temos de ser racionais ― a F1 ainda é parte da história da Ferrari e eu tenho toda intenção de proteger seu envolvimento com o esporte. Mas não a qualquer custo ou puramente por razões comerciais”, declarou. “Tem um aspecto nobre na F1 ― é um esporte diferente dos outros, então não pode ser comercializado como todo o resto”, defendeu.
 
Por fim, o dirigente afirmou que a Ferrari já “está em 2018” após Sebastian Vettel perder o título de 2017 da Lewis Hamilton.
 
“O importante agora é aprender o máximo possível com o que fizemos de errado neste ano”, ponderou Marchionne. “Na noite passada, conversei com Dieter Zetsche [diretor-executivo da Mercedes] e, apesar de sermos rivais implacáveis na pista, nós somos amigos. Ele reconheceu que tivemos azar neste ano e que os resultados seriam diferentes se o que aconteceu na Ásia não tivesse acontecido”, completou.

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