Presidente da FIA reclama de “reação adversa” à notícia de interesse da Andretti na F1

A Fórmula 1 e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) receberam a notícia de que a Andretti reuniu forças com a GM para planejar uma entrada — junto da Cadillac — na principal categoria do mundo com cautela, demonstrando certa frieza. Neste domingo (8), no entanto, o presidente da entidade — Mohammed Ben Sulayem — usou o Twitter para apontar surpresa de que “pilotos puro-sangue” tenham recebido uma reação “adversa” ao anúncio de suas respectivas intenções.

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“A FIA já aceitou propostas de entrada de organizações menores e bem-sucedidas em anos recentes, e nós deveríamos estar encorajando possíveis inscrições de fabricantes globais como a GM, Andretti e outros”, disparou Ben Sulayem.

“O interesse das equipes em mercados em crescimento adiciona diversidade e amplia o apelo da Fórmula 1”, completou o mandatário, referindo-se aos Estados Unidos — mercado mais desejado pelo Liberty Media, grupo que controla os direitos comerciais da categoria.

Logo após o anúncio da Andretti, na última quinta-feira, Mohammed Ben Sulayem fez questão de reforçar que a entrada da equipe americana estava longe de ter o status de assegurada. Entretanto, em coletiva de imprensa depois da expressão pública de interesse na F1, Michael Andretti afirmou que o presidente da FIA “mostrou que realmente gostaria de ter ao menos uma 11ª equipe no grid”. Há, ao menos aparentemente, um maior apoio de Ben Sulayem — agora corroborado com a manifestação via redes sociais.

O mesmo não pode ser dito para o restante do órgão regulador, até mesmo por questões políticas — se a Andretti tem os holofotes, demais partes interessadas — como a Ford, por exemplo —, não.

A própria Fórmula 1 colocou água no chope — assim como algumas equipes haviam feito anteriormente, com as primeiras notícias de interesse da Andretti. Em nota oficial, também emitida na quinta-feira passada, a categoria enfatizou que processos precisam ser fielmente seguidos e que qualquer novo time precisa provar sua respectiva credibilidade ao longo prazo.

“Há grande interesse no projeto da F1 agora, com um número de conversas contínuas que não são tão visíveis quanto outras. Todos nós queremos nos assegurar de que o campeonato permanecerá credível e estável — e qualquer pedido de entrada será avaliado em critério para atender a esses objetivos por todas as partes interessadas relevantes. Qualquer pedido precisará da concordância da FIA e da Fórmula 1”, disse a nota.

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