Presidente vê “transparência” em gestão da FIA na F1 2022: “Agora, podem confiar em nós”

Mohammed Ben Sulayem citou a rapidez na divulgação do relatório sobre o incidente envolvendo o trator no GP do Japão e também a punição à Red Bull por quebrar o teto de gastos como exemplos do trabalho transparente da FIA na F1 em 2022

Mesmo depois do polêmico desfecho da temporada 2021 da Fórmula 1, não faltaram situações controvérsias envolvendo a direção de prova no Mundial deste ano. Mesmo assim, Mohammed Ben Sulayem fez uma avaliação positiva do trabalho transparente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) na condução de cada caso, ressaltando que a entidade prezou pela “transparência” e que o GP do Japão foi um exemplo.

A corrida em Suzuka foi uma das que mais gerou críticas, e tudo por causa do trator que foi autorizado a entrar na pista assim que o safety-car foi acionado logo no início, após batida de Carlos Sainz. Pierre Gasly quase acertou o veículo quando saía dos boxes em alta velocidade e esbravejou contra a decisão ainda pelo rádio.

A FIA se isentou de responsabilidade e puniu o francês por acelerar sob bandeira vermelha, mas não escapou das condenações pelo ocorrido, principalmente pela semelhança ao incidente que matou Jules Bianchi no mesmo GP do Japão, em 2014.

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Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, conversa com Toto Wolff, da Mercedes, durante os treinos em Austin (Foto: Reprodução/TV)

Para Sulayem, no entanto, a entidade que gere a F1 agiu de maneira correta, principalmente na divulgação rápida do relatório antes da realização da etapa seguinte, nos Estados Unidos. O documento final sobre Abu Dhabi, por exemplo, só ficou pronto antes do início da temporada 2022, lembrou.

“Agora, toda vez que tivermos um problema, vocês podem confiar em nós”, disse Sulayem à imprensa durante o fim de semana em Yas Marina. “A questão no Japão, fizemos um relatório completo e o divulgamos no site da FIA antes da corrida seguinte, garantindo que não houvesse nada pendente a partir dali”, disse o dirigente.

“Na época, talvez o relatório [de Abu Dhabi, 2021] não tenha sido o bastante, mas foi um bom esforço em buscar transparência. Estamos fazendo mudanças novamente, pois estamos evoluindo”, salientou.

Outro exemplo citado foi a condução do caso envolvendo a violação ao teto de gastos pela Red Bull. A equipe austríaca aceitou o Acordo de Violação e recebeu uma multa de US$ 7 milhões (em torno de R$ 37 milhões), além de uma punição esportiva que acarretará na perda de 10% do tempo de testes aerodinâmicos em 2023.

O trabalho em conter o porpoising — os quiques decorrentes da volta do efeito-solo — também entrou na lista de “transparência” de Sulayem. Segundo o presidente da entidade, todos no grid foram ouvidos antes da decisão final. “Liguei para os 20 pilotos, os dez chefes de equipes, recebi 30 telefonemas e também falei com a FOM e com Stefano [Domenicali, presidente da F1]. Fomos ouvi-los e apresentamos a diretiva técnica, que entrou em vigor na Bélgica”, finalizou.

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