Prévia: Hamilton corre em casa para acabar com bom momento de Rosberg

Nas últimas quatro corridas, Nico Rosberg somou 17 pontos a mais que Lewis Hamilton. Mas correndo em casa neste fim de semana, o inglês terá a chance de dar um basta no bom momento do companheiro de equipe. Enquanto isso, o inesperado calor no Reino Unido pode tornar as disputas mais interessantes

“Como dormir à noite no calor?” e “Por que as altas temperaturas provocam atrasos nos trens” são algumas das manchetes na imprensa inglesa nesta semana. É o que vai esperar um público estimado pela organização de 140 mil pessoas em Silverstone para o GP da Inglaterra, nona etapa da temporada.
 
Não que seja um calor exatamente impressionante para nós, brasileiros. Nos dias mais quentes, a temperatura deve passar um pouco dos 30ºC, mas não há sequer previsão de chuva para os três dias de atividades de pista no  interior do Reino Unido. Fato raríssimo, uma vez que o clima da região costuma ser extremamente instável e consideravelmente mais frio.
 
Deste calor, e principalmente do calor da torcida britânica, Lewis Hamilton espera tirar energia para frear o bom momento que Nico Rosberg vive no campeonato. Nas últimas quatro corridas, o alemão somou 93 pontos, 17 a mais que o líder do Mundial. A diferença após as oito primeiras provas do ano é de dez pontos.
 
Em casa, o desempenho de Hamilton é bom. Ele liderava em 2013 até um pneu estourar, venceu no ano passado apesar de ter largado só em sexto – e tendo o caminho facilitado pela quebra da caixa de câmbio de Rosberg – e agora tenta repetir o feito
 
“É difícil descrever o que eu sinto em Silverstone. Ano passado foi simplesmente indescritível, eu levantei o troféu no meio daquela multidão, aquilo foi demais, especialmente após ter começado mal o final de semana”, falou o piloto. Ele também venceu lá em 2008.
Hamilton fez muita festa pela vitória em 2014 (Foto: Getty Images)
Novamente, a Mercedes é favorita, e a aposta segura é em uma dobradinha. Uma aposta com um ligeiro risco envolve as chances de pódio de Ferrari e Williams – quem sabe até as duas? Seria a primeira vez no ano que a Mercedes não teria Hamilton e Rosberg no top-3.
 
É o seguinte: o forte calor significa que a F1 pode ter a corrida mais quente desde o GP da Malásia, quando ficou evidente que a SF15-T se comporta bem debaixo de altas temperaturas. Silverstone também é um circuito com alto desgaste de pneus, devido às muitas curvas de alta, e dependendo da posição de pista no começo da prova, pode ser que a Ferrari imprima um ritmo forte. A Pirelli escolheu a combinação mais dura, e dois pit-stops devem ser a regra caso o forte calor se confirme.
 
E a Williams deve ser outra vez capaz de incomodar em busca da terceira colocação. Merece ser destacado o crescimento do time de Grove justamente quando era mais importante: em uma sequência de circuitos favoráveis. Ainda que os pódios no Canadá e na Áustria tenham sido facilitados por erros ferraristas, o fato é que Valtteri Bottas e Felipe Massa conseguiram capitalizar.
 
Ainda, o pacotão de atualizações que estreou no Red Bull Ring deve gerar um ganho maior para a Williams em Silverstone. “Eu acho que podemos ser bem fortes em Silverstone. Tivemos algumas atualizações na Áustria que geraram mais downforce, e Silverstone é onde você precisa disso. Realmente pode nos ajudar. Também tivemos uma corrida forte lá no ano passado”, afirmou Bottas, segundo colocado em 2014.
Nico Hülkenberg e Sergio Pérez, a forte dupla da Force India (Foto: Force India)
Nova ordem no pelotão intermediário?
 

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Essa é a grande questão que será respondida pelo desempenho do novo carro da Force India. Nos últimos anos, a equipe começava a temporada muito forte e perdia rendimento na reta final. Neste ano, o início, na realidade, foi fraco, mas mesmo assim Sergio Pérez e Nico Hülkenberg carregaram o time baseado em Silverstone até a quinta colocação no Mundial de Construtores.

 
A versão B do VJM08, aprimorada com o trabalho executado no túnel de vento da Toyota, na Alemanha, estreia já de olho na Red Bull. A diferença é de 24 pontos, o que não chega a ser nenhum abismo. E conta com o motor Mercedes.
 
Mas, é claro, será a estreia de um carro que não foi devidamente testado na pista até o momento. Ou seja, por mais que a expectativa seja otimista, não há nada garantido.
 
Lotus e Toro Rosso também seguem se metendo no top-10 semana após semana.
 
O fator chave nessa disputa, daqui para a frente, será o uso dos motores – e as punições. A Red Bull e a Toro Rosso já começaram a pagar pelos excessos e vão continuar pagando até o GP de Abu Dhabi. Assim, a vida das duas clientes da Mercedes fica um pouco menos difícil.
A Sauber usou os testes da semana passada para trabalhar os freios (Foto: Sauber)
Já a Sauber vai cautelosa, visto que o rendimento do C34 é melhor nos circuitos rápidos, mas o downforce não é o ponto forte do C34. Entretanto, o ritmo de corrida do carro vem deixando a desejar, principalmente pelos problemas nos freios. Se Felipe Nasr tem sido constantemente mais rápido que Marcus Ericsson e até andado no top-10, como na Áustria, tem tido dificuldades para manter-se na zona de pontuação.
 
A última vez que fechou no top-10 foi em Mônaco, em nono lugar. “Sabendo dos pontos fortes e fracos do Sauber Ferrari C34, esperamos que nosso fim de semana não será fácil por lá, mas ainda assim nos sentimos prontos para o desafio e em busca de marcar pontos”, disse Gianpaolo Dall’Ara, chefe de operações de pista.
 
Para a McLaren, apesar de todo o “otimismo” das declarações oficiais, é questão de se evitar mais um vexame. Depois de os carros não chegarem à décima volta na Áustria na primeira visita do novo presidente da Honda à F1, o time tem em Silverstone sua corrida de casa, e se trata de uma pista em que o carro não deve render bem.
 
Fernando Alonso reconheceu isso. Se bem que, para o espanhol, chegar ao fim já seria lucro: ele abandonou as últimas quatro provas. Jenson Button, por sua vez, deve seguir apenas sonhando com o primeiro pódio da vida em Silverstone.
O acidente de Räikkönen com Alonso na Áustria: o quarto abandono seguido de Alonso (Foto: Reprodução TV)

Prognóstico do GRANDE PRÊMIO
Optamos pela aposta ousada nesta corrida

1 6 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES
2 44 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI
3 5 VALTTERI BOTTAS FIN WILLIAMS MERCEDES
4 19 NICO ROSBERG ALE MERCEDES
5 7 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES
RAPIDINHAS…

Bandeira FIA F1 (Foto: Getty Images))"/>

1) O GP da Inglaterra e o GP da Itália são os únicos que marcaram presença em todas as temporadas do Mundial de F1. Será a 65ª edição da corrida de F1 no Reino Unido, sendo o 49º em Silverstone. Os outros circuitos britânicos que receberam a categoria foram Brands Hatch (12 vezes) e Aintree (cinco).

2) O traçado que será usado na prova deste fim de semana tem 5891 metros e é o segundo mais extenso da temporada. Ele foi inaugurado em 2010, e é uma das muitas versões que já existiram na antiga base aérea da RAF na Segunda Guerra Mundial. Só a F1 usou outras nove.

3) É provável que o público desta prova seja o maior da temporada. A organização espera um total de 140 mil espectadores em Silverstone, recorde do GP da Inglaterra.

4) Os maiores vencedores da prova são o escocês Jim Clark e o francês Alain Prost: cinco vitórias para cada.

5) Os pilotos que hoje estão em atividade não têm muitas glórias por lá. Só Fernando Alonso e Lewis Hamilton venceram duas vezes, e Nico Rosberg, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel foram ao alto do pódio somente uma vez.

6) Mas eles ao menos foram ao pódio. Peguem, por exemplo, dois veteranos da categoria: Jenson Button e Felipe Massa. A dupla jamais terminou entre os três primeiros no GP da Inglaterra. Neste fim de semana, o único com alguma chance real é Massa.

7) Silverstone pode ser a casa das equipes inglesas, mas a Ferrari gosta de roubar a cena por lá. Foram 16 vitórias da equipe italiana, deixando para trás a McLaren (14), a Williams (10) e a Lotus (8). Red Bull e Mercedes ganharam três vezes cada, sendo que o time alemão venceu as duas últimas edições.

8) Se liderar ao menos uma volta, Hamilton terá definitivamente o recorde de corridas consecutivas lideradas: 18. Ele está empatado com Jackie Stewart.

9) Conquistando a pole, a Mercedes completará um ano seguido largando em todas as provas com um de seus carros na posição de honra do grid.

10) Nos dois anos em que venceu sua corrida de casa, Hamilton sagrou-se campeão da F1 (2008 e 2014).

 (Foto: Getty Images)

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