Primeira reunião da FIA com dirigentes da F1 define propostas de cockpit fechado e corrida aos sábados em 2017

Na reunião da FIA com os diretores-técnicos das equipes da F1, que será realizada nesta sexta-feira (29), o órgão máximo do automobilismo mundial vai apresentar a proposta para os cockpits fechados no Mundial. O resultado do encontro é potencialmente histórico. Outro tópico importante é a mudança da configuração dos eventos do final de semana da categoria

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Sem hipérbole, esta sexta-feira (29) pode ser histórica para a F1. A reunião dos diretores-técnicos de hoje em Londres vai ver a FIA apresentar o projeto que desenvolveu para a implantação dos cockpits fechados no Mundial. A medida é uma pressão dos pilotos por meio da GPDA, algo que o resto do esporte não teve mais como ignorar. Outra discussão providencial pode colocar corridas aos sábados na rota da F1, fazendo o que outras tantas categorias ao redor do mundo já fazem com as rodadas duplas.

Último ponto fraco
 
Ainda não se sabe com precisão qual será o projeto que a FIA vai apresentar, para dizer a verdade. Dos três que foram colocados em prática, porém, é seguro afirmar que o favorito é o 'Halo'. É o que aponta quem fez parte dos testes promovidos pela FIA. Anthony Davidson, campeão mundial de endurance, por exemplo, foi um que participou do processo e se mostrou favorável a esta saída. Os pilotos estão com o 'Halo'.
 
Nesta saída, uma auréola em formato tradicional de aro que estaria pronta a desviar qualquer objeto que siga na direção do cockpit – cercando pelo alto mais ou menos na cabeça do piloto. A argumentação sobre o suporte único fixado na frente do piloto é que, de tão próximo, teria um efeito quase desprezível na visão.
 
"Com toda a minha experiência, eu realmente não consigo pensar em algo melhor no momento do que esse sistema de aro. Dei umas voltas no simulador com uma das primeiras versões e não estava ruim. Estou acostumado aos cockpits fechados, então ainda tenho visibilidade melhor do que guiando um protótipo de cockpit totalmente fechado", disse à rede de TV inglesa Sky Sports.
A solução da Mercedes: 'Halo' (Foto: Reprodução)
"O suporte central era uma distração no mundo virtual, para dizer o mínimo. Acho que realmente você se acostuma, assim como se acostuma com limpador de para-brisas central nos protótipos. Sei que é diferente porque não está na frente do seu rosto, mas é impressionante como você se adapta às coisas", seguiu.
 
Contra o estilo 'Halo', no entanto, também há alguns pontos. É amplamente sabido que o sistema protegeria os pilotos de perigos mais corriqueiros, mas não de outros mais complexos. O episódio da mola solta que acertou Felipe Massa na cabeça na Hungria em 2009, uma delas. Também não protegeria de pneus soltos, por exemplo. Por tanto, dois dos acidentes fatais recentes de que se fala, os de Justin Wilson – na Indy, em 2015 – e de Henry Surtees – na F2, em 2009 -, provavelmente não seriam evitados. A cabeça ainda estaria desprotegida pelo alto e é improvável que as proteções pudessem de qualquer maneira absorver um impacto tão impressionante quanto o de um pneu encontrando um bólido em alta velocidade. 
 
“Em primeiro lugar, nunca deveríamos estar numa situação em que coisas assim estão caindo dos carros”, defende o piloto da Toyota.
 
As analogias que Davidson faz aos protótipos LMP1 são importantes. Estes também costumavam ser abertos, assim como os monopostos. Já se vão quase 50 anos que os cockpits fechados como jatos começaram a se popularizar e tornar maioria no endurance. Mas por que, então, o canopy fechado como os de jatos de combate não são favoritos para a F1?
 
O formato de jatos pode ao menos aparentar uma proteção maior em relação ao 'Halo', mas também oferece contras consideráveis. No caso de batidas mais simples, onde os pilotos ficam embaixo de pilhas de pneus, por exemplo, poderiam se transformar em um problema muito maior do que o normal. Isso porque os fiscais precisariam acessar as entradas do canopy, e caso não consigam mover o carro, não terão como retirar o piloto. As portas são de grande importância.
 
E o fato de que apesar da aparência mais segura, o canopy fechado também não segura certos tipos de impacto fora da curva que possam atingir os carros de corrida. "Há mais coisas negativas que positivas com o canopy fechado", falou Davidson.
Cobertura dos cockpits já foi rejeitada antes (Arte: Iacoski.com)
Lucas Di Grassi, um dos primeiros a manifestar a preferência pelos cockpits fechados logo após o anúncio da morte de Wilson ano passado, não gostou do 'Halo'. "Espero que não seja o design final. Há soluções muito melhores e mais legais". O brasileiro, piloto de monopostos na F-E e de protótipos LMP1 no WEC, gosta mais do esquema do cockpit fechado por completo.
 
"Indy, considere cockpits fechados como uma opção, como a LMP1. Não é apenas mais seguro, também tem mais eficiência aerodinâmica, então é o futuro. Cockpits fechados serão usados em cada uma das categorias de monopostos no futuro. Não apenas por segurança, mas para melhoras aerodinâmicas", disse no dia da morte de Wilson.

As mortes de Jules Bianchi e Wilson, ambas no ano que passou – embora o acidente de Jules tenha acontecido em 2014 -, incitaram a volta com todas as forças da discussão sobre as proteções de cabeça nos monopostos, sobretudo na F1, mas não foi agora que inventaram a conversa. Após os acidentes de Surtees e Massa, a FIA chegou a realizar, em 2011, testes para três tipos de proteção. O estilo jato e um aro de titânio, um tanto diferente do 'Halo, até foram aprovados. Mas nunca receberam luz verde.

Palavra da GPDA

"A pesquisa conduzida pelos especialistas da FIA foi bastante completa e aprofundada. E o processo apresentou uma solução mais clara", relatou o austríaco Alexander Wurz em entrevista à emissora inglesa BBC. Agora, os pilotos sentem que é hora de introduzir uma proteção extra, no mais tardar até 2017", avaliou o presidente da Associação dos Pilotos.
 
"Obviamente, mudanças estruturais nos chassis serão necessárias, mas, com quase um ano para execução, não vejo ninguém da parte técnica se colocando contra diante de tantas melhorias de segurança, especialmente depois dos acidentes recentes. Então, todos os pilotos e eu esperamos que essa proteção adicional para a cabeça seja aprovada", finalizou.
 
O fato, apesar dos testes conduzidos e abertos nos últimos anos, é que jamais os avanços chegaram neste estágio. A apresentação da FIA aos diretores numa reunião desta magnitude e dias após os pilotos darem sua palavra final e com todas as letras de que querem as proteções, dá uma profundidade totalmente maior ao processo. Jenson Button, Daniel Ricciardo e Lewis Hamilton foram os outros que já falaram separadamente, todos a favor. Se há algum momento para fazer a mudança acontecer, o momento é esse.
Felipe Massa e Lewis Hamilton foram dois que defenderam mudanças no programa do final de semana (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Embalos de sábado à tarde
 
Não apenas de cockpits fechados vai viver a reunião com os diretores-técnicos. Uma das propostas mais importantes colocadas na discussão por meio do Grupo de Estratégia da F1 foi a introdução de corridas classificatórias aos sábados. Uma proposta de final de semana muito diferente da atual e antiga.
 
Não é também uma discussão nova nesta F1 que tenta desatolar do marasmo em que se colocou, mas acabou barrado na primeira tentativa, ainda no ano passado. O assunto, porém, voltou à tona na primeira reunião do grupo em 2016, semana passada em Genebra.
 
No formato, as sextas-feiras não seriam muito diferentes: dois treinos livres dariam a partida ao final de semana. No sábado, em vez de mais um TL, a classificação seria mais curta e abriria o dia. À tarde, uma corrida menor valeria pontos e definiria o grid para a prova tradicional do domingo.
 
É também uma medida que alguns pilotos, embora alheios à GPDA, já defenderam. Não exatamente no mesmo desenho, mas algo que movimente o final de semana em uma direção diferente. Felipe Massa, por exemplo, disse que não ligaria em eliminar as sextas, passando os TLs para o sábado. Kimi Räikkönen também deu uma ideia parecida, e Nico Hülkenberg e Hamilton foram outros que defenderam mudanças.
 
No ano passado, o presidente da FIA, Jean Todt confirmou que ouviu várias propostas sobre programas de final de semana diferentes, mas nada estava bom o bastante. É possível, até provável, que a proposta anterior estivesse neste balaio. Agora, porém, a situação parece bastante diferente de alguns meses atrás.

Enquanto a instituição de proteções para cabeças é uma importante mudança com relação à segurança no que é reconhecidamente a maior exposição dos carros atuais, a mudança do programa aponta mais uma tentativa quase desesperada de transformar a F1 em um produto mais atraente aos fãs.
 
É, porém, um paliativo que trata os sintomas, não a doença. Mas é o que talvez tenha alguma chance de vingar e movimentar o campeonato no futuro mais próximo.
 

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Ferrari no estilo do filme 'Rush' em 2016? Pois pode acontecerhttp://grandepremio.uol.com.br/f1/noticias/ferrari-estuda-adotar-pintura-retro-e-ter-faixa-branca-nos-carros-de-vettel-e-raikkonen-em-2016

Publicado por Grande Prêmio em Quarta, 27 de janeiro de 2016

VEJA NA ÍNTEGRA A EDIÇÃO #14 DO PADDOCK GP

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