“Privilegiado por tê-lo conhecido”, Vettel explica carta para Lauda e lamenta “buraco que não será fechado”

Sebastian Vettel surpreendeu Niki Lauda pouco após a cirurgia de transplante de pulmão realizada em 2018: em vez do telefone ou visitas, que estavam desgastando um debilitado Lauda, mandou um bilhete escrito a próprio punho e emocionou o tricampeão, que morreu no começo desta semana. Vettel reverenciou Lauda nesta quarta-feira (22)

No fim de 2018, alguns meses após o transplante de pulmão, Niki Lauda falara sobre o "grande prazer" que foi receber um bilhete escrito a mão por Sebastian Vettel enquanto estava no hospital durante a recuperação. Em Mônaco para a corrida do fim de semana, Vettel falou sobre esse momento apenas dois dias após a notícia da morte do tricampeão mundial.

 
Questionado sobre a lembrança, primeiro Vettel disse que "respeito diz tudo" para começar a falar de Lauda. De acordo com o alemão, uma vez que Niki estava cansado pela recuperação e não queria conversar ao telefone, viu a carta como escrita à mão como uma forma cuidadosa e respeitosa de mostrar que estava acompanhando e torcendo pela recuperação. Vettel, um estudioso da história da F1, destacou a sorte pela chance de conviver com uma figura como Lauda. 
 
"Ouvi que ele não estava indo muito bem já há algum tempo e que não estava no humor de atender o telefone ou de ir até o telefone. Dá para imaginar o que você iria querer uma situação dessas? Ler uma pequena mensagem já é algo legal. Para mim era um sinal certo de respeito", afirmou.
 
"Sinto que fui privilegiado por ter a chance não apenas de conhecê-lo, mas de conversar com ele regularmente, aproveitar muitas piadas ao lado dele e daí por diante. Ele fazia piadas sempre sério, não dava para saber se era uma piada ou uma afirmação. Eu gostava bastante disso", contou.
Lauda  em uma demonstração recente (Foto: Getty Images)

"A gente não conhece pessoas como ele todos os dias, não somente na F1, mas na vida. Era uma pessoa única", reverenciou.

 
Apesar de terem sido rivais nos últimos anos, uma vez que esteve na Ferrari e Lauda era presidente não-executivo da Mercedes, lembrou do sujeito de "língua honesta" que "dizia a verdade quando às vezes as pessoas pensavam que estava brincando".
 
"Ele era assim. Tem muita gente que não é da forma que a gente conhece na televisão – e estão crescendo ainda mais e rapidamente. Niki não era assim. Ele era quem ele era. Nunca fingiu ser outra coisa ou outra pessoa. Falava abertamente, o caráter era real, um racer de verdade, apaixonado pelo esporte. Muitas coisas que as pessoas respeitavam", recordou.
 
"Está deixando um buraco grande que nós não seremos capazes de fechar", finalizou.
 
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