Quinta quente: tudo que aconteceu na volta das férias da Fórmula 1

A quinta-feira sempre é agitada antes dos GPs de Fórmula 1. É dia de entrevistas e de preparação. Só que a prévia do GP da Bélgica se puxou: teve calendário novo, dois anúncios para 2020 e até ameaça de troca relâmpago de piloto

As férias da Fórmula 1 estão com os dias contados. Amanhã já é dia de treinos livres para o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. Só que a quinta-feira (29) trouxe um grand finale para o mês de folga: nada menos do que quatro acontecimentos serviram para chacoalhar o noticiário e já começar a traçar os rumos da categoria em 2020.
 
As duas notícias mais impactantes foram anúncios de pilotos. Valtteri Bottas segue na Mercedes, mantendo uma dupla que funciona bem ao lado de Lewis Hamilton. Isso impôs derrota a Esteban Ocon, sem vaga em Brackley. É triste, mas nem tanto: o francês já assinou com a Renault.
 
O realmente inesperado seria uma volta relâmpago de Marcus Ericsson na Alfa Romeo, que chegou a ser cogitada. Em outro front, o calendário de 2020 foi anunciado, mas aí sem grandes surpresas – somente o lamento pela saída da Alemanha.
 
Quer saber em detalhes tudo que aconteceu na quinta-feira? Então confere aí o nosso resumão:
Ainda não se sabe o motivo, mas Marcus Ericsson foi chamado pela Alfa Romeo para estar em Spa (Foto: Reprodução/Twitter)

O susto de Ericsson

 
Ainda era por volta de 8h da manhã em Spa-Francorchamps quando surgiu uma notícia para lá de inesperada. Marcus Ericsson está na Bélgica, e de prontidão para pilotar no fim de semana pela Alfa Romeo. Não estava claro se era algo planejado, como uma troca de piloto, ou se foi algo de última hora. Mas era sério, já que o sueco desmarcou o compromisso com a SPM na Indy, o GP de Portland, para cruzar o oceano.
 
No fim das contas, foi um alarme falso. O sueco de fato veio para pilotar, mas apenas no caso de Kimi Räikkönen sentir algum desconforto. É que o finlandês se lesionou na fase final das férias de agosto e ainda está sentindo a perna esquerda. Vai ser necessário um teste físico antes dos treinos livres.
 
Como a lesão é na perna, a língua do finlandês segue calibrada como de costume. Kimi culpou o perigo dos esportes e destacou que correria menos riscos se ficasse apenas bebendo. Talvez seja verdade.
A largada do GP da Alemanha, que virou coisa do passado (Foto: Mercedes)

O novo calendário

 
Um dia após a divulgação de um esboço do calendário da F1 2020 através da revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, saiu a confirmação oficial. E, convenhamos, não teve lá muita surpresa.
 
A F1 de fato vai ter 22 corridas, número recorde. As renovações recentes de México e Espanha impediram uma queda no total de provas, que também inclui Vietnã e Holanda.
 
No fim das contas, houve apenas uma queda. A Alemanha saiu, o que já era previsível desde o fim do apoio financeiro da Mercedes à etapa de Hockenheim. A pista de Baden-Württemberg não tem apoio governamental, o que dificultou a corrida contra o relógio para fechar acordos. A saída, entretanto, vem junto de uma promessa de retorno.
 
Outra novidade revelada junto ao calendário é questão de nomenclatura. O GP do México passa a se chamar GP da Cidade do México em 2020. A única outra prova sem o nome de um país é o GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Valtteri Bottas vai para mais uma temporada na Mercedes (Foto: AFP)
O mais do mesmo na Mercedes

A Mercedes tomou um caminho da segurança e confirmou a renovação do contrato de Valtteri Bottas em Spa-Francorchamps. Depois de estender bastante a decisão sobre quem será o companheiro de Lewis Hamilton em 2020, a melhor equipe do grid ficou mesmo com o finlandês, que vai para a quarta temporada com os alemães. Pressionado por resultados desde o início do campeonato, Bottas abriu o Mundial com duas vitórias – no GPs da Austrália e do Azerbaijão – e chegou a liderar a classificação. Só que não foi páreo para Hamilton – que ganhou 8 das 12 primeiras etapas.

Agora, Valtteri ganha mais uma chance na esquadra prateada. Na verdade, Toto Wolff seguiu a máxima do futebol e não quis mexer em um time que está ganhando. O nórdico não dá trabalho a Hamilton e ainda ajuda, e muito, no Mundial dos Construtores. É o melhor dos dois mundos.

Esteban Ocon vai ser o novo piloto da Renault (Foto: Renault)

Enfim, Ocon tem uma nova chance

Esteban Ocon finalmente vai ter a chance de voltar ao grid da F1. Depois de ter sido sacado no ano passado, em meio à troca de proprietários da então Force India, o francês se viu sem cockpit e foi obrigado a passar a temporada 2019 inteira como reserva na Mercedes. O nome de Ocon transitou por vários meses entre os rumores que apontavam para uma eventual oportunidade na equipe prata, mas Toto Wolff preferiu a segurança oferecida por Valtteri Bottas.

Daí a opção pela Renault. A equipe francesa já havia firmado um acordo prévio com o piloto em 2018, mas acabou por escolher Daniel Ricciardo no último minuto. Agora, volta a contar com os serviços do gaulês, que substitui Nico Hülkenberg

 

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