Reabastecimento, lastro e venda de chassis: as ideias de Ecclestone para melhorar F1

Chefe da Fórmula 1 por mais de 40 anos, Bernie Ecclestone revelou como arrumaria a categoria. O ex-mandatário gostaria de ver a venda de chassis, o retorno do reabastecimento, criação de um campeonato de equipes e introdução do lastro

A Fórmula 1 passa por constantes discussões sobre mudanças e de como pode se tornar mais competitiva. Chefe da categoria por mais de 40 anos, Bernie Ecclestone fez sugestões de como organizaria e equilibraria as coisas caso ainda estivesse no comando.
 
Em texto publicado na ESPN, Ecclestone revelou que não conversaria com as equipes do grid para definir o regulamento, como o Liberty Media faz para definir as regras para a temporada 2021, e dividiria o campeonato em duas partes: um para construtores, e outro para equipes.
 
"Primeiramente, eu não estaria falando com times. É como ter um comitê, e você não precisa deles quando toma decisões como esta. Faria dois campeonatos mundiais, um de construtores e o outro de equipes. O de construtores seria para times como Ferrari e Mercedes, que produzem o próprio motor e chassi", comentou.
Niki Lauda e Bernie Ecclestone (Foto: AFP)
Ecclestone também falou sobre a venda de chassis, algo sempre colocado em pauta por fãs e imprensa. O inglês comentou que firmaria uma parceria com montadora e forneceria carros para quem tivesse o desejo de entrar. Para ele, esta estratégia acalmaria os planos de teto orçamentários, taxado por ele como “bobagem”.
 
"Para o campeonato de equipes, construiria um carro parecido com o da F2, e faria um bom negócio para Renault ou Honda forneceram os motores, parecidos com o que temos hoje, mas precisa durar uma temporada inteira, com apenas um de reserva. Se você quer entrar, aqui está sua chance. Te dou um carro e um motor reserva, e mais 30 milhões por ano, aí podemos parar com essa bobagem de teto orçamentário", citou.
 
O reabastecimento foi banido da Fórmula 1 em 2009, mas Ecclestone gostaria de ver o retorno opcional, e também introduziria o lastro para deixar a competição mais equilibrada entre os construtores e equipes.
 
"Iriamos balancear as coisas para o campeonato de equipes. Primeiro, você poderia reabastecer. Teria apenas um jogo de pneus, mas se quisesse parar para reabastecer, poderia trocar pneus também. Talvez mudássemos o peso do carro. Caso as equipes não fossem rápidas, faríamos os carros de construtores mais pesados", declarou.
 
"As pessoas na arquibancadas não vão dizer que a F1 não é justa porque um time gasta 350 milhões de dólares e o outro gasta 70. O que ele é quer são boas corridas, e entendo isso. Na minha opinião, seria ótimo, balancear dois tipos de carro para os times que gastam 70 milhões ter chances de pódio", completou.
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