Red Bull acredita que ‘mini-DRS’ influenciou em resultados da McLaren antes de banimento
Para Christian Horner, chefe da Red Bull, o uso da peça — agora proibida — fez diferença para a evolução e, consequentemente, as vitórias da McLaren conquistadas na F1 2024
A polêmica envolvendo o ‘mini-DRS’ da McLaren ainda deve dar muito o que falar até o fim da temporada 2024 da Fórmula 1. Isso porque, de acordo com a revista inglesa Autosport, a Red Bull acredita que o uso da peça, antes do banimento da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) teve impacto na evolução do carro da equipe britânica e ajudou os laranjas-papaias a conquistar vitórias na F1 2024.
Vale lembrar que, recentemente, a McLaren ultrapassou o time taurino no Mundial de Construtores e, a cinco etapas para o fim da F1 2024, lidera a competição. A equipe de Woking tem 544 pontos, enquanto a Red Bull soma 504. A Ferrari aparece em terceiro, com 496.
A peça virou alvo de polêmica no GP do Azerbaijão, vencido pelo australiano Oscar Piastri, por conter uma espécie de ‘mini-DRS’ para as retas, gerando a ira das rivais. A FIA deixou claro que não considera legais “designs cujas características estruturais são alteradas por parâmetros secundários, de modo a produzir (enquanto estiver na pista) uma característica de deflexão diferente do que quando parado durante as verificações da Federação. Exemplos de parâmetros secundários podem ser temperatura, carga aerodinâmica, etc.”, e proibiu o artifício já no GP de Singapura, o que não interferiu na vitória de Lando Norris.
Após a prova, a McLaren confirmou que fez alterações em toda a gama de asas traseiras para a etapa de Austin e, no entendimento da Red Bull, a dificuldade da equipe no Texas justifica que o carro era mais forte com a peça agora proibida do que atualmente.
“Pequenos detalhes fazem diferença, especialmente quando os carros estão evoluindo como estão”, afirmou o chefe do time austríaco, Christian Horner. “É tudo uma questão de ganhos muito pequenos. É disso que se trata a Fórmula 1. Portanto, sim, inevitavelmente, haverá uma diferença em relação a isso [o banimento da peça por parte da FIA]. O grau de materialidade vai variar de circuito para circuito”, completou o dirigente
Já Andrea Stella, chefe da McLaren, não acredita que a peça fará falta nas próximas etapas da F1, já que, segundo ele, outras equipes também precisaram alterar as asas traseiras.
“Eu ficaria surpreso se apenas algumas equipes tivessem que fazer adaptações na asa traseira”, disse ele.
“Nossa asa traseira foi ajustada depois de Baku, seguindo algumas das conversas que tivemos e com a FIA fornecendo algumas referências sobre o que eles gostariam de ver, mas esse é um elemento muito pequeno em termos de desempenho do carro. Não tem nada a ver com qualquer mudança de desempenho de evento para evento”, afirmou.
“Nenhum dos desempenhos que vemos, seja melhor ou pior, deve estar associado a isso. E acho que isso não se aplica apenas à McLaren, mas a qualquer equipe, já que alguns times podem ter sido procurados para ajustar o comportamento da asa traseira”, concluiu.
A Fórmula 1 volta de 25 a 27 de outubro com o GP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez.
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