Red Bull admite brake test de Verstappen em Jedá, mas critica reputação de “selvagem”

Atual campeão mundial, Max Verstappen ficou conhecido pela agressividade com a qual lida com suas disputas na pista, algo que ficou diretamente nos holofotes em 2021 — principalmente após empurrar Lewis Hamilton para fora da pista no Brasil e causar uma colisão entre ambos na Arábia Saudita. E o diretor-técnico da Red Bull, Adrian Newey, admite que o neerlandês passou do ponto em alguns momentos. Ainda assim, não vê motivos para a reputação criada em torno dele.

“O que é ótimo sobre Max [Verstappen] é que você sempre sabe do que o carro é capaz, poque ele sempre entra e torce o pescoço”, disse Newey ao portal inglês The Race. “Seu feedback é bom, ele é muito ciente do que os pneus estão conseguindo fazer e como gerenciá-los. Acho que sua reputação de ser selvagem não é justa”, elogiou.

“Provavelmente, o que ele fez no Brasil ano passado foi um pouco desobediente”, admitiu. “Na Arábia Saudita, foi besteira. Acho que ele ficou frustrado com Lewis [Hamilton] não ultrapassá-lo, mas não deveria ter feito o brake test”, reconheceu.

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Como argumento, Newey relembrou o acidente entre Hamilton e Verstappen na Curva Copse, em Silverstone, quando os dois pilotos se chocaram e Max levou a pior, batendo com força extrema no muro de proteção e abandonando a corrida. Na opinião de Adrian, o piloto da Red Bull ficou marcado por esses momentos, mesmo que alguns não tenham sido culpa dele.

“Mas Silverstone foi uma falta clara de Hamilton para mim, e as pessoas parecem ter memória curta”, reclamou. “Eles culpam um indivíduo e leva tempo para isso sumir. Ele é muito fácil de trabalhar, muito aberto. Você o pede para fazer as coisas e ele sempre tenta”, esclareceu.

Por fim, o diretor fez algumas comparações em relação ao trabalho com Verstappen e Sebastian Vettel, o último campeão mundial da Red Bull antes do neerlandês. Newey indicou que as conversas eram mais longas com o alemão, enquanto Max funciona de forma diferente e rendeu até mesmo uma comparação com Daniel Ricciardo, hoje na McLaren.

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“Sebastian [Vettel] era muito, mas muito detalhista em sua análise após as sessões”, revelou. “As conversas duravam algum tempo. ‘Seb’ ficaria até tarde da noite observando vídeos onboard, analisando os dados, falando com os engenheiros. Isso funcionava para ele, não é uma crítica”, explicou.

“Max não é tanto extremo, é mais um meio-termo. Daniel [Ricciardo] e Max são um pouco similares em termos de feedback e abordagem”, revelou. “Eles são bons, porque se concentram em coisas que você precisa saber. Ficam felizes se você tiver alguma pergunta para sentar e elaborar. É muito fácil trabalhar assim”, finalizou.

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