Red Bull critica calendário “cansativo” e diz: “F1 faria 35 corridas se pudesse”

Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, mostrou preocupação sobre o ímpeto da Fórmula 1 em sobrecarregar o calendário da categoria. Segundo ele, é "cansativo" e é preciso de um equilíbrio

A Fórmula 1 divulgou nesta semana que a temporada de 2022 será a maior de todos os tempos. O objetivo é estender o calendário para 23 corridas no ano que vemo que era uma meta para 2021, mas não ocorreu por decorrência da pandemia do novo coronavírus —, além de realizar as corridas sprint em um terço da temporada, ou seja, de 7 ou 8 provas. Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, no entanto, mostra preocupação com o ímpeto da F1. Segundo ele, a categoria não hesitaria em estipular 35 corridas por ano, mas é preciso achar um equilíbrio para fazê-lo.

“É um calendário cansativo. É como em qualquer esporte, há aquela grande demanda pela Fórmula 1”, disse Horner, em entrevista coletiva. “Tenho certeza que poderíamos ter 35 corridas se os organizadores conseguissem achar um equilíbrio, para que não tenhamos duas equipes trabalhando. Precisamos ter a certeza de que podemos contar com apenas uma equipe para a temporada inteira”, acrescentou.

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CHRISTIAN HORNER; RED BULL; GP DA RÚSSIA; SÓCHI;
Christian Horner citicou o calendário da F1 (Foto: XPB – Pool/Getty Images/Red Bull Content Pool)

“[O calendário] é exigente, sobretudo nestes tempos de pandemia, com a mudança de calendário e uma rodada tripla também chegando, além da logística difícil para o Oriente Médio”, seguiu.

Horner revela que o trabalho dentro dos boxes, com mecânicos e engenheiros, é difícil por conta das muitas etapas da Fórmula 1, mas ainda mantém um clima harmonioso na equipe. Para o britânico, é tudo uma questão de equilibrar as partes, já que a categoria hoje, em termos de tempo para o desenvolvimento do carro, é muito diferente do que fora há 15 ou 20 anos.

“É duro. Mas acho que a maneira como todas as equipes lidaram com isso [o calendário apertado] foi fenomenal. E certamente ainda não temos pessoas que estão dizendo: ‘Não quero participar de uma corrida'”, ressaltou ele.

“Há 15 ou 20 anos, a quantidade de testes que costumavam ocorrer entre as corridas e a quantidade de tempo que engenheiros, técnicos e pilotos tinham para trabalhar no carro era muito diferente do que vemos agora. Mas é uma questão de acertar a proporção, achar um equilíbrio com esse calendário”, concluiu.

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