Red Bull descarta “mais 7 anos de domínio” na F1: “Regulamento vai aproximar equipes”

Na opinião de Christian Horner, chefe da Red Bull, o atual regulamento da Fórmula 1, bastante restrito em testes aerodinâmicos, impedirá que os taurinos estabeleçam outro domínio como o da Mercedes, de 2014 a 2021

Vencedora em todas as dez corridas realizadas até o momento na Fórmula 1 2023, a Red Bull caminha para um domínio absoluto até o final da temporada, mas Christian Horner acredita que é um império com data de validade. Na visão do chefe dos taurinos, a proposta de um regulamento estável a longo prazo somado às restrições aos testes aerodinâmicos fará com que as equipes se aproximem cada vez mais.

A última mudança nas regras aconteceu no ano passado, com a volta do efeito-solo, e quem saiu na frente foi a base em Milton Keynes, que apesar dos problemas de confiabilidade no começo de 2022, acertou a mão no projeto do RB18 e dominou o campeonato da segunda metade em diante. Este ano, o RB19 mostrou ser ainda melhor, tanto que Max Verstappen já abre 99 pontos de frente para o segundo colocado — seu companheiro de equipe, Sergio Pérez. Uma vantagem que pode dar o tricampeonato ao holandês no GP do Japão.

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Max Verstappen passeia em 2023, mas isso não deve se repetir por muito tempo, na visão de Horner (Foto: Red Bull Content Pool)

É um desempenho que lembra muito outras dinastias na F1, como a passagem de Michael Schumacher pela Ferrari nos anos 2000 e também o período de 2014 a 2021, com a Mercedes conquistando oito títulos de Construtores em sequência. Horner, porém, não aposta que o mesmo aconteça com a Red Bull.

“Algo que sabemos sobre esse esporte é que as coisas vão convergir. Já é possível ver isso começando a acontecer, e o mais importante para se ter convergência é ter estabilidade”, avaliou o dirigente. “A estabilidade dos regulamentos vai aproximar muito mais todas as equipes. Não serão mais sete anos de domínio”, completou.

A próxima mudança esperada no regulamento acontecerá a partir de 2026, com a nova geração de motores, que terão a parte elétrica ampliada e funcionarão à base de combustível sustentável. Mesmo assim, o líder da equipe austríaca vê o trabalho atual dos times muito parelhos, inclusive no desenvolvimento das unidades de potência, e isso tudo é reflexo das restrições impostas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em busca de uma igualdade no grid que traga mais competitividade.

“As unidades de potência são todas muito semelhantes, e o chassi evolui muito mais rápido do que os motores”, continuou Horner. “É possível notar que, desde o início da temporada até agora, as coisas já estão convergindo”, concluiu.

A Fórmula 1 volta de 21 a 23 de julho, para a disputa do GP da Hungria. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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