Red Bull e Ferrari defendem venda de chassis como medida para contenção de gastos na F1

Christian Horner e Marco Mattiacci confirmaram que suas equipes propuseram que a venda de chassis volte a ser permitida na F1 como forma de reduzir os custos envolvidos com o Mundial, mas outras equipes discordam

Em meio ao debate que vem sendo travado entre as equipes da F1 e a FIA para reduzir os gastos envolvidos com o Campeonato Mundial, uma proposta voltou a surgir nas discussões: venda de chassis. Os cabos eleitorais são Ferrari e Red Bull.

A Ferrari, por meio de seu presidente, Luca di Montezemolo, já propusera medidas neste sentido no passado, e a Red Bull tem interesse evidente nisso por ser dona de duas equipes na categoria, a que leva o nome da marca e a Toro Rosso. Nesse último caso, já foi permitido, até 2008, que a equipe-satélite usasse um bólido bem parecido e desenhado por Adrian Newey, mas essa brecha do regulamento foi fechada em 2009.

O argumento é direto: permitir que se compre carros de outra equipe permite que novas escuderias entrem com mais facilidade na F1, sem precisar fazer um grande investimento em tecnologia para construir um carro próprio. A oposição à ideia, no entanto, é grande.

Dona da Toro Rosso, Red Bull gostaria de poder vender chassis na F1 (Foto: Getty Images)

“Esqueça os times que estão aí, mas novas equipes. Para encorajar novas equipes a virem para a F1, aí ter um carro do ano anterior certamente seria a maneira mais barata, mais eficiente de trazer um time para a F1. Não é preciso investir em design e pesquisa e desenvolvimento, construção, passar pelos crash-tests. Pode só ficar focada em ser uma equipe de corrida enquanto constrói sua infraestrutura”, argumentou Christian Horner, chefe da Red Bull.

Chefe da Ferrari, Marco Mattiacci corroborou e disse que essa é uma “maneira prática de dar passo à frente”.

“Dá a possibilidade de se ter dois, três anos de experiência para ganhar conhecimento e aí sim ficar competitivo”, falou o italiano.

Williams e Mercedes são duas equipes que se posicionam de maneira contrária. “Achamos que vai completamente contra o DNA do nosso esporte”, posicionou-se Claire Williams. Toto Wolff, o diretor-executivo da Mercedes, ressaltou que o Mundial de F1 possui uma competição de construtores e opinou que essa medida só deve ser considerada caso a categoria perca mais equipes e fique com grids pequenos demais.

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