Red Bull explica dilema entre janela de acerto e potencial do RB21 na F1 2025

Pierre Waché, diretor-técnico da Red Bull, no entanto, indicou que time deve optar pelo máximo potencial do carro, mesmo que isso gere mais dificuldades aos engenheiros

A Red Bull ainda tem um dilema na concepção do RB21, carro que vai disputar a temporada 2025 da Fórmula 1. O time discute ter o maior potencial possível do modelo ou uma janela maior de trabalho durante os finais de semana. O diretor-técnico da equipe de Milton Keynes, Pierre Waché, explicou o que isso pode interferir no campeonato deste ano, mas que a tendência é irem pelo caminho da primeira opção.

Para o dirigente da Red Bull, o mundo ideal seria ter uma margem maior para encontrar o ajuste ideal, mas explicou que quanto maior é essa janela, menor é o potencial máximo do carro. Portanto, Waché acredita que encontrar o ponto mais alto desse carro deve ser prioridade, mesmo que isso complique o trabalho dos engenheiros ao longo dos finais de semana.

“É claro que gostaria disso [ter uma margem maior de acerto ideal], seria um sonho, mas o potencial máximo do carro diminui se aumentar essa janela. Se olhar o carro das outras equipes e como correm, eles são incrivelmente rígidos. No geral, queremos um modelo que seja mais rápido, não um que seja lento por conta dessa margem de trabalho”, disse o dirigente da Red Bull em entrevista ao site Motorsport.

Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
LEIA MAIS: Netflix entra na briga com ESPN e mira proposta para transmitir F1 nos EUA

F1 2024, AFP, GP DO CATAR, DOMINGO, RED BULL, MAX VERSTAPPEN
Max Verstappen deu show na F1 2024, mas Red Bull perdeu o título do Mundial de Construtores (Foto: AFP)

“O ideal seria ter uma margem adequada para cada circuito e poder se antecipar a isso. Se pode conseguir isso, por qual razão aumentar a janela de trabalho e diminuir o potencial do carro? Queremos ser mais rápidos com relação aos demais. Não vou baixar o potencial máximo do carro para que seja mais fácil do ponto de vista da operação. Baixaria para que fosse mais fácil para os pilotos, não auxiliar os engenheiros”, completou.

Waché relembrou a jornada nas últimas duas temporadas. Em 2023, a Red Bull venceu 21 das 22 corridas. Não venceu no GP de Singapura, onde a natureza do RB19 não contribuía para o desempenho na pista altamente ondulada. A abordagem para 2024 mudou, mas a equipe se perdeu no meio da temporada. Começou muito bem, viveu um jejum de dez corridas sem vitórias com Max Verstappen, mas voltou a recuperar o desempenho perdido durante a parte final do certame, com o neerlandês vencendo no Brasil e no Catar.

“O mais importante é sempre buscar formas de fazer o carro mais rápido garantindo que os pilotos possam extrair tudo dele. Mostramos em 2023 que tivemos a abordagem correta. O ano passado nos ensinou que não estávamos no caminho certo. Temos de encontrar um meio termo entre o equilíbrio de um carro e potencial máximo dele. É a questão a resolver para a próxima temporada”, encerrou o diretor-técnico da Red Bull.

Fórmula 1 se aproxima do retorno das férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.